Pássaros urbanos na caminhada matinal na praia

PÁSSAROS URBANOS NA CAMINHADA MATINAL

Os pássaros urbanos tem sido uma constante nas minhas caminhadas matinais. Ao longo do calçadão da Praia da Costa, em Vila Velha, ou contornando o Morro do Moreno, eles me acompanham e, praticamente a cada passo, tenho um tipo diferente de pássaro e de canto. Nos dois casos, ainda tenho o mar como vista e a proximidade de um pequeno pedaço de floresta tropical – mata atlântica – ainda preservada.

É interessante notar que em ambiente marcadamente urbano, com a linha do céu preenchida por grandes edifícios, existam tantos pássaros. Talvez a presença deles em quantidade decorra da existência da mata próxima. Nela, eles estão durante todo o dia e do meu apartamento é possível ouvi-los cantar e são os mais variados cantos.

Tendo crescido em uma propriedade rural, sempre estive próximo de pássaros, mas vivendo há muitos anos em áreas urbanas e densamente povoadas, ainda me espanta vê-los e ouvi-los de tão perto. Ao caminhar, passo por alguns que estão praticamente ao meu lado e que continuam cantando ou buscando comida.

CANTO E PRESENÇA

Em um dia comum, na parte da manhã, vejo anus, canários belgas, rolinhas, pardais, bem te vis e outros tipos de pássaros. O que os marca, além do canto que se faz ouvir alto e a uma boa distância, é a presença deles na área urbana, com tráfego de carros e gente caminhando. Aparentemente, não se importam com isso.

Há, ainda, ao longo do calçadão trechos da restinga original que existia no que é hoje um dos bairros mais populosos de Vila Velha. Os pássaros a usam – e muito. À medida que caminho eles vão aparecendo entre a vegetação verdejante. Mas não só nela. Estão pousados nos fios de iluminação e até em parte dos prédios que fazem um paredão em relação ao restante do bairro.

Nestes dias de pandemia é um alívio ter os pássaros urbanos como companhia. Vivendo há um ano em isolamento social, a caminhada é um meio não só de exercitar, mas de tomar um ar fresco, ver o mar, olhar o horizonte e ver e ouvir os pássaros. Juntos, eles injetam ânimo neste momento que vimos vivendo e que nos deixou – pelo menos uma parcela significativa da população – vendo a vida do lado de fora.

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