ALTAS, BAIXAS, GORDAS E MAGRAS

O assunto não é recorrente neste blog, mas já o tenho abordado e vou voltar a ele. Estou falando de moda e de como as pessoas se vestem a partir de uma imposição (?) do que chamamos moda. E o que vou dizer vem, mais uma vez, das calças de cós baixo – veja Calça baixa, b… de fora e a moda – e o fato de, como afirma minha filha, que é consultora de moda, o princípio é usar o que é confortável e, também, o que lhe deixa melhor e não o que piora sua aparência.

O Brasil é um país diverso, mesclado de todas as cores, tamanhos e formas. Falemos das mulheres. Elas podem ser baixas, altas, gordas ou magras. E podem ser mais ter mais de um desses genótipos de cada vez. Existem, como sabemos, mulheres altas e magras, mas há as que são gordas e baixas ou gordas e altas ou magras e baixas. Elas são pessoas reais, que vivem no dia a dia, não tendo nada de modelos finíssimas, capazes de tornar bonita a roupa mais esquisita.

O que isso quer dizer? Quem uma roupa linda na revista, vestida por uma modelo magérrima, não vai ficar igual em alguém que seja, por exemplo, mais baixo e mais gordo. E é isso o que, dando uma passada em qualquer local público, mais vemos. Pessoas dos mais diversos estilos – homens e mulheres – usando coisas que, definitivamente não foram feitas para eles e nem lhes cai bem.

Veja-se, novamente, o caso das calças de cós baixo. O que ela produz, na maioria das mulheres, é um pneu, destacando a gordurinha que fica na cintura, sem uma barriga sarada. E traz, de quebra, o desconforto de ter de ser ajeitada a cada hora, a cada momento, principalmente no sentar, para que não mostre a bunda. Ora, mas elas foram feitas exatamente para mostrá-las. Então, por que escondê-las? O uso é inadequado.

Este não é o único caso. Quer constatar? Olhe ao seu redor em um shopping. Gente com roupas muito curtas, que também não lhes cai bem. Ou com roupas muito compridas, que também não lhes fica bem. Decotes grandes, expondo seios, às vezes grandes, desproporcionais à roupa. Todas querem estar na moda mas, no final, a moda ao invés de melhorá-las as torna mais feias, difere-as não por um padrão de beleza, mas pela inadequação ao que vestem.

Nesta hora um conselho especializado ajuda. Pena que nem todos tenham este tipo de aconselhamento ao seu dispor, com um consultor que vai lhe mostrar o que pode ser feito para estar na moda, ficar confortável e ver sua aparência melhorar. Sem estes conselhos, as pessoas seguem o que dita a propaganda e, nela, o padrão é a magreza, o que, nem de longe, é o que acontece com a maioria da população.

O fato – acho que incontestável – é que ao se submeter à moda, homens e mulheres, ao invés de melhorarem, muitas vezes pioram, ficando com uma aparência estranha e passando a sensação de que não se destinavam ao que estão vestindo. Não creio que isso vá mudar. Afinal, a propaganda vende exatamente o contrário, criando o desejo da magreza, de um lado, e de vestir o que a maioria veste, do outro. Acho que o único caminho é um pouco de racionalismo.

Se nos olharmos no espalho, pensando um pouco, podemos constatar o que nos deixa melhores. E se gostarmos de nós mesmos, já teremos dado um enorme passo para fugir da ditadura da moda e do padrão imposto pela indústria e pela propaganda.

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