Falta empatia e sobra egoísmo em muita gente no caso do coronavírus

EMPATIA, EGOÍSMO E OS DIAS DE QUARENTENA

A epidemia do coronavírus nos pegou – e ao mundo – de surpresa e um dos aspectos que ela tem revelado é a falta de empatia de boa parte da população, que não está nem aí para o que aconteça com outros seres humanos, como mostram esses dias de quarentena. Estas pessoas acham que o mundo gira em torno de seu umbigo e, por isso, se julgam o centro do universo e são as únicas que importam. O resto que se lixe.

Temos no mundo ícones desse comportamento, como o presidente Donald Trump e alguns poucos líderes mundiais. Infelizmente, o Brasil está nesta triste lista. Mas eles não são os únicos. Vejo, no dia a dia e em frente de onde moro, as pessoas sem qualquer preocupação. Elas chegam, se juntam, conversam, vão à praia e passeiam como nada estivesse acontecendo. E olha que o bairro onde moro é considerado zona quente do coronavírus, sendo o segundo do Espírito Santo com mais infecções confirmadas.

NEGAÇÃO

Estas pessoas não se importam com as mortes provocadas pelo Covid 19. E isso é uma coisa que não consigo entender. Sim, já li que pode ser uma espécie de negação, um mecanismo psicológico para se antepor à pandemia. Mas fico pensando que, em muitos casos, estas mesmas pessoas não se importam com a morte dos outros. Se se tratasse apenas delas, o problema seria menor.

Mas elas, é óbvio, não estão sozinhas no mundo e ao se portarem como se o vírus não existisse colocam em risco também quem está ao redor, seja família, seja amigos, seja apenas um passante que se aproxima e pode ser contaminado. Esse comportamento é exacerbado quando se trata de uma parte do mundo empresarial. Neste caso, eles elegem o deus do dinheiro.

TODO CUSTO

Entendo o problema causado pela pandemia na economia, mas como a grande maioria, acho que a vida humana deve prevalecer. Não é o caso de uma parte dos empresários. Eles querem abrir a qualquer custo, colocando em risco a vida de quem para eles trabalha e de quem, eventualmente, irá às compras. Se empregados e clientes morrerem, mas eles não, fica tudo bem.

O que não entendo é o comportamento individual, de quem deliberadamente se arrisca. E tenho um exemplo perto de casa. No meio da semana, em uma residência que fica a cerca de 500 metros de onde moro estava rolando uma festa, com música ao vivo e tudo. O que será que essa gente pensa, efetivamente? Será que a vida tem algum valor para ela?

EGOÍSMO

Não consigo responder as perguntas. O que me parece – e é apenas uma opinião – é que pessoas que agem temerariamente em relação a Covid 19, coronavírus e pandemia, além de não ter empatia, também é possuída de um profundo egoísmo. O melhor exemplo disse é o presidente que quer, a qualquer custo, preservar sua família, mas está se lixando para os outros.

A morte e, no caso do Brasil, o volume dela me abate e angustia. Fico pensando que com medidas adequadas, como as tomadas em várias partes do mundo, poderíamos ter um número muito menor de infectados e, por consequência, de mortes. Considero a vida um bem precioso, que deve ser preservada em quaisquer circunstâncias.

Não entendo essas pessoas e sou profundamente antipático a elas, mas, na verdade, nada posso fazer, a não ser guardar o isolamento, me preservando e à minha família. E é exatamente o que eu, minha esposa e meus filhos estamos fazendo.

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