VIAGEM, ACAMPAMENTOS E MICOS

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Eu já acampei. E gostava de fazer isso.

Sempre que havia um feriado mais prolongado, junto com alguns amigos, viajava e, juntos, acampávamos. Não íamos para campings organizados, que na época eram poucos. Escolhíamos um local próximo de algumas facilidades e montávamos nossa barraca. Era um amontoado só, mas todos se divertiam.

Estou lembrando disso graças a uma pergunta do Amigo Oculto, promovido pela Euza, a Loba, e do qual participo pelo segundo ano consecutivo. Uma das partes das brincadeiras feitas é uma entrevista que aborda vários aspectos, pessoais alguns, outros nem tanto.

A segunda pergunta é sobre o maior mico que já pagamos. Foi, então, que lembrei de uma viagem feita. Estávamos em várias pessoas e, em uma das paradas, acampamos próximo da praia. Cansados, todos quase que desmaiaram. No meio da noite alguém acordou com um barulho, ficou assustado e acabou chamando os outros.

Em uma noite escura como breu, não dava para ver nada do lado de fora da barraca. E não é que o barulho era de passos, com pessoas indo e vindo, andando ao lado e, às vezes, em volta da nossa barraca. Sozinhos, o medo bateu. E a reação foi gritar. Assim, pensávamos, se fosse um ladrão, ele seria espantado deixando-nos em paz.

Imagina então seis pessoas em uma barraca, todas as berros, incentivando – para ser gentil – o “ladrão” a se mandar. Diante do escândalo, o barulho cessou e, pensamos, o ladrão tinha desistido, ido embora e nos deixado em paz. Voltamos, então, a dormir, já bem mais tranquilos.

Pela manhã, à medida que fomos acordando lembramos do que aconteceu à noite e, abrindo a barraca, nos deparamos com outra, colocada praticamente ao lado da nossa. Fechada, parecia que quem nela estava ainda dormia. Olhamos uns para os outros e pensamos: foram eles que estavam andando, montando a barraca.

E era verdade. Depois, quando os ocupantes acordaram acabamos nos falando e, assim como quem não quer nada, acabamos por comentar o que havia ocorrido. Sim. Eles tinham ouvido. E, sim, acharam estranho, até porque não tinha ladrão nenhum. Pensaram até em ir para outro lugar, mas achavam que ali era a melhor posição para acampar, montaram a barraca e dormiram.

Sim, pagamos um belo mico. Mas acabamos fazendo amizade e o incidente, mais tarde, virou motivo de risos dos dois lados. A experiência nunca mais se repetiu, até por termos escolhidos, nas outras vezes, lugares mais próximo de casas. Ladrão no acampamento, nunca mais. O mico, no entanto, ficou.

E você, qual foi o maior mico que pagou? Eu e os leitores gostaríamos de saber.

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