UMA LÍNGUA BEM PARTICULAR

Quem já foi a Portugal sentiu, muito de perto, como é diferente a língua que eles falam por lá e que, como a nossa, é chamada de Português. As diferenças, que são grandes, não impedem, no entanto, que nos entendamos, mesmo que às vezes, precisemos pedir explicações para um ou outro termo, que para nós tem um sentido diferente.

Para sentirmos esta diferença não precisamos ir a outros países. Basta percorrer o Brasil. Em algumas regiões mais e em outras menos, mas temos muitos regionalismos, termos próprios para designar uma ação ou uma comida. Pelo que sei, as maiores diferenças estão no Nordeste, e foi por isso que, revendo e-mails, acabei parando um enviado há algum tempo pela Francy.

Ele mostra o linguajar peculiar de Pernambuco. Confiram como são diferentes os termos usados para vários das palavras mais comuns que usamos no dia a dia:

  • Solteiro – Solto na bagaceira
  • Ir embora – Pegar o beco
  • Conserto – Imenda
  • Empolgar – Ficar com a muléstia
  • Bater – Sentar a mão
  • Conversa – Resenha
  • Água com açúcar – garapa
  • Demorar – Enrolar
  • Apressado – Desembestado
  • Distraído – Avoado
  • Surdo – Moco
  • Envergonhado – Encabulado
  • Passar roupa – Engomar
  • Esperto – Desenrolado
  • Rico – Estibado
  • Lanchar – Merendar
  • Satisfeito – De bucho cheio
  • Perna fina – cambitos
  • Mulherengo – Raparigueiro
  • Jogar fora – Avoar no mato
  • Se dar mal – Se lascar todinho
  • Chato – Cabuloso
  • Pular – Dar pinote
  • Ficar bravo – Ficar com a gota serena
  • Corajoso – Cabra da peste
  • Briga – Arenga
  • Grávida – Buchada
  • Apaixonado – De pneus arriados

Os regionalismos, como todos sabemos, são uma constante no Brasil. Aqui mesmo, no Espírito Santo, que sofre muita influência dos Estados vizinhos, temos termos que só nós usamos e um comportamento no mínimo interessante: o de nunca dizer o nome da rua onde um prédio, por exemplo, está. Mas dar um ponto de referencia para ele. Para nós, é muito comum, mas para que chega, acaba sendo muito estranho. Um pouco desse linguajar peculiar pode ser visto em Os maneirismos regionais.

Se este é um assunto que lhe interessa, uma busca no Google pode leva-lo a milhares de locais onde as expresseis regionais estão contempladas. O que se mostra, no final, é que temos é uma língua bem diferente do português formal, juntando o jeito de falar ao longo de todo o Brasil,. Estas diferenças, tal como ressaltado no início, não impede que nos comuniquemos e que sejamos um dos poucos países do mundo com um idioma unificado, que não fala várias línguas, se descontarmos as línguas indígenas que são bem restritas.

E você, o que tem de regionalismo na sua terra? Deixe um comentário destacando o que é diferente ou interessante. Contribua participando desta conversa.

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