Se você perguntar a uma pessoa uma das coisas mais difíceis de fazer, certamente escrever estará entre elas. Quem não está habituado a escrever ou que não tem a escrita como fundamental na sua profissão, vai dizer que articular um texto é uma coisa bem complicada. Tive esta experiência como professor. E ainda continuo vendo as pessoas reclamarem que não conseguem articular um texto consistente.
Jornalista que sou a escrita faz parte de minha profissão. Mas o que dizer de escrever um livro? Posso dizer que é bem complicado, mesmo com o jornalismo como suporte. É preciso pensar no título, na introdução e, sobretudo, no conteúdo e como é que será desenvolvido, o que vem primeiro, o que ficará em segundo lugar, etc. etc. E isso se não falarmos de livros de ficção, que são ainda mais complicados.
Então, o que dizer de alguém que, até agora, escreveu 200 mil livros. Não. Isso não é o número de vendas do que publicou. É mesmo o número de livros escritos. O autor da façanha é Philip M. Parker (foto), um professor de Ciência da Administração, do Insead, uma escola voltada para a área de gerenciamento, que fica na França e tem um outro campus em Cingapura.
Para ganhar o título de o autor mais publicado do planeta em todos os tempos, Parker conta com a ajuda de computadores. Segundo ele próprio explicou ao New York Times, desenvolveu um algoritmo que pesquisa os assuntos, relacionando-os e agrupando-os de forma a facilitar que sejam arranjados em livros. De acordo com o campeão, o computador não escreve, mas apenas lhe facilita o trabalho, fazendo as tarefas que são repetitivas.
E ele usa um bom número de computadores, de 60 a 70, e tem seis ou sete programadores sempre a postos para ajudá-lo na coleta dos dados que transforma em livros. Com tal aparato tecnológico ele é capaz de levantar uma grande capacidade de dados, mas o NY Times não tem grande conceito sobre as publicações de autoria do professor Parker, classificando-as como uma coleção de várias coisas publicadas sobre um determinado assunto, que ele apenas compila e publica.
Bom, goste ou não o Times, o professor Parker continua compilando seus livros, publicando-os e fazendo um bom dinheiro com isso. Quem pode criticá-lo por arranjar um jeito de aumentar seus ganhos? (Via NY Times, em inglês)
14 Respostas
Qdo vi o numero achei exagerado. Passei a duvidar da qualidade. To com o TIMES qto ao conteudo,LINO.
Escrever um livro ja é complicado por tudo que vc colocou,imagine uma quantidade desta.
De minha parte comecei a escrever um livro a exatos dez anos. Até agora não consegui concluÃ-lo.
Abração,LINO!!
Lino. Não vejo mérito nenhum nesse “escrevedor” de livros…Seria quase um “copista”, no máximo! Isso não é saber escrever. É uma forma até desonesta( cópia de outros…)de ganhar dinheiro. Não vejo valor nele como escritor, sob qualquer aspecto!
Desculpe-me a ênfase no meu ponto de vista, mas, respeito muito a figura do “verdadeiro escritor”.
Beijos.
Dora
Só escreve razoavelmente bem, quem escreve sempre. E um livro é uma tarefa hercúlea, mesmo para quem escreve muito, o que explica o fato de todas as editoras terem “ghost writers”, pessoas com a tarefa de corrigir e fazer pequenas alterações de textos, mesmo dos autores mais famosos, com vias a tornar a leitura mais agradável e cadenciada.
Ele não é escritor de livros é vendedor…abçs
Quantidade não significa, necessariamente, qualidade, né?
Mas cada um na sua.
Bjo.
Sei lá, Lino… esse Prof. Parker está me parecendo essas figuras que adoram figurar no Livro Guiness de Recordes!
Aliás, para não ser injusto (ou invejoso…), o homem deve ser uma fera da informática!
Abraços
Nem sempre quem escreve muito, escreve bem…rs.
Oi, Lino querido!
Criticá-lo jamais , botou o ovo em pé, só não acho que devemos chamá-lo “escritor”.
Beijão.
Sinceramente não vi merito nenhum, primeiro por que ele usa computador e os programadores para fazer o agrupamento dos dados e segundo que ele apenas copia informações, resumindo é um verdadeiro copy & paste.
bjs
Ele está na profissao errada, ele é vendedor de livros. Mas o que importa prá ele com certeza é a fama de ser o único que escreveu copilou tantas abobrinhas certamente.
Parabéns pelo blog. E que ele viva muito tempo. Assim como eu, outros com certeza têm o maior prazer em vir aqui. Eu gostava muito dos tempos da “enquete”.
Fidelidade ou duracao num relacionamento, nao depende de cara e sim de Amor, paciência, carinho, espontânedade, gratidao, companheirismo e por ai a fora.
Boa semana
Pois é, qualidade nem sempre rima com quantidade. Mas se ele achou uma forma de se promover e ganhar a vida com isto, porque não? Livros nunca são demais.
Abraços.
Aproveitando isso, você poderia nos dar umas dicas de escrita 😉
Um abraço
(e feliz aniversário atrasado ao blog)
Sera que a quantidade corresponde a qualidade??? Um abraco.
Ando eu as voltas com algumas coisas, mas estou sempre reformulando… não sei quando sairá alguma coisa…
abs,