SERÁ QUE EU ESTOU ERRADO?

Não sou o que se pode chamar de uma pessoa observadora, que fica vendo detalhes. Mas alguns gestos e comportamentos das pessoas tem me incomodado, e muito, nos últimos tempos. Um deles, inclusive, já foi assunto de um post anterior – O que é certo…. – em que relatei o comportamento de pessoas em um restaurante, do tipo sirva-se você mesmo.

O que tenho observado é que as pessoas não mais se importam com fazer o que, no meu conceito, não é correto. Um exemplo: comer antes de pagar em um restaurante. E tenho visto isso com uma certa frequência, principalmente em se tratando da sobremesa. O pior é que as pessoas agem como se isso fosse a coisa mais natural do mundo.

Outro exemplo? Estacionar em locais proibidos. Tenho visto isso em espaço destinados às pessoas com problemas especiais, em locais onde o estacionamento é proibido, em frente de garagens e em filas duplas e às vezes tripla. E tenho flagrado inclusive carros oficiais, uma vez do próprio Detran, nesta postura. E mais uma vez todos agem como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Também vejo crescer a má educação no trânsito, que envolve motoristas mas tem muito a ver com os motociclistas. Nada contra eles, pois muitas vezes estão trabalhando. Mas fazem loucuras. E muitos motoristas acabam acompanhando as loucuras que fazem. No final, todos acham normal.

E tudo isso sem falar na atenção e gentileza para com as pessoas. Tenho visto demonstrações de extrema falta de educação, principalmente em relação às pessoas mais pobres, menos favorecidas. E quem as comete acha que isso é normal. Já vi gente sair rindo, como se tivesse feito algo meritório.

Talvez eu esteja ficando ranzinza com a idade. Mas algumas atitudes me irritam profundamente. Sou dos que acham que, se não quisermos ser incomodados, não devemos incomodar. E como não adoto – e critico – este tipo de comportamento, vejo nele, quando outros o praticam, uma falha. Acho que começa a imperar no país a filosofia do levar vantagem em tudo.

Falta educação, falta respeito, falta bom comportamento. E sobra individualismo. As pessoas começam a achar que são únicas no mundo, que só o delas importa, que não existe comunidade, relacionamentos. E que, por isso, podem ignorar tudo que está à sua volta. Talvez seja nostalgia, mas já foi diferente. As pessoas se importavam e procuravam ter comportamentos que, aos olhos dos outros, também era visto como corretos.

Tenho questionado tudo isso e me perguntado: Será que eu estou errado? Será que devo mudar e também passar a agir dessa maneira? A conclusão é que vou continuar me irritando, mas vou fazer o que acho certo, mesmo que a maioria não o faça.

Compartilhe:

Twitter
Facebook
LinkedIn
Pinterest

12 Responses

Add a Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *

O brote, o pão pomerano dos capixabas, servido e à espera de ser consumido.

BROTE, O PÃO POMERANO DOS CAPIXABAS

O brote, o pão que os pomeranos criaram e que se tornou ícone cultura do Espírito Santo, é uma receita simples e fácil de fazer, resulta em um ótimo pão para o café da manhã, o lanche da tarde ou, mesmo, para um sanduíche à noite.

Leia mais »
Um pão básico e rápido feito com fermento natural que ficou ótimo

PÃO BÁSICO RÁPIDO COM FERMENTO NATURAL

O pão de fermentação natural pode ser feito de modo mais rápido e, mesmo assim, ser gostoso e saudável. É o caso desta receita, que acabei de testar. O meio para encurtar o tempo é deixar a massa fermentando durante a noite, estando pronta para ser moldada, fazer a segunda fermentação e ser assada logo na manhã do dia seguinte.

Leia mais »