O telefone e, com ele, a possibilidade de duas pessoas se falarem representou um revolução na vida do mundo. Ligados, podíamos resolver questões que, antes, levava senão dias, pelo menos horas. Além de impulsionar negócios, facilitar a comunicação, tornar os contatos mais fáceis, a nova invenção – como todas as que ocorrem – levou a outras, ajudando na mudança da sociedade, dos correios a cavalo e do telégrafo para um novo meio. No caso do Brasil, se fizermos uma pequena pesquisa, veremos que o telefone foi, durante algum tempo, considerado investimento e era comprado a prestações, pago antecipadamente e, quando recebido, transformava-se em um bem precioso.
Mas ao que vem isso? Duas coisas diferentes acabaram provocando este assunto. A primeira, uma notícia baseada em dados da ITU – União Internacional de Telecomunicações sobre o mercado de celular. E a segunda, um artigo na Web Work Daily sobre o uso do celular como único telefone de contato. No primeiro caso, veio a informação de que teremos, até o final deste ano, 4,6 bilhões de telefones celulares em todo o mundo, nos aproximando quase de um aparelho por habitante do planeta, indo do recém nascido ao adulto já¡ de idade avançada. No segundo, o questionamento, a partir do título do artigo, se precisamos, mesmo, de um telefone fixo.
Se os números da ITU me deixaram espantado, pois não achava que já¡ tínhamos chegado a este volume de celulares, o artigo me fez refletir e pensar, a partir da minha prí³pria situação. Hoje, sou muito mais encontrado no telefone celular – o número é o mesmo, desde que adquiri uma linha, baseada em um Motorola que mais parecia um tijolo – do que nos telefones fixos. No mais das vezes, a pessoa me liga no celular e, em alguns casos, peço que me liguem no fixo, evitando, por exemplo, que a ligação caia ou que a recepção fique ruim. O telefone fixo, neste caso, acaba ficando em absoluto segundo plano, subutilizado.
O avanço da telefonia celular, que a cada dia agrega mais coisa, o uso dos notebooks, a mobilidade, principalmente em algumas profissões, estão fazendo com que o telefone fixo caminhe para a obsolescência, se é que já não está nela. Hoje, estamos a cada dia mais ligados. E para que consigamos isso o celular transformou-se em uma ferramenta importante. Quem fica muito fora de um escritório, então, depende deste novo tipo de comunicação, o que é, pelo menos em parte, o meu caso. Não sei se já¡ disse aqui, mas não gosto de celular e me descartaria dele se pudesse. Não posso e não tenho como fazer o que faço sem que ele esteja ligado.
Levando tudo isso em consideração – e mais ainda, as conexões via Skype ou outra ferramenta, a telefone sobre IP, etc. – podemos perguntar: Eu preciso de um telefone fixo? Pode ser que algumas pessoas, organizações e profissionais ainda baseiem suas comunicações no telefone fixo, mas isso está se tornando cada vez menor. Como mostram os números da ITU o celular transformou-se em padrão, atingindo um número muito maior do que o de telefones fixos, ligando-nos em todos os lugares – veja-se a quase onipresença das antenas de celulares – e permitindo que nos comuniquemos, trabalhemos, fechemos negócios, atendamos nossos clientes, falemos com nossos amigos, solicitemos informações.
Enfim, o telefone fixo foi colocado em segundo plano. Pense bem e me diga com toda sinceridade: Você conseguiria viver sem um telefone celular? Aposto que a maioria dirá¡ que não. Enquanto isso, faça a mesma pergunta em relação ao telefone fixo. Neste caso, acho que a maioria das respostas será positiva, ressaltando-se desde que se tenha um celular. Tudo isso não significa que o fixo irá¡ morrer. Acho que ele subsistirá¡, pelo menos por mais alguns anos. Agora, uma coisa é certa: os celulares tomaram conta de nossas comunicações e hoje são muito mais do que simples telefones, transformando-se em computadores pessoais. Este, acho, é o caminho: o da integração, com um aparelho fazendo tudo.
A única dúvida é quando isso irá acontecer. Que irá, não tenham dúvida, irá.
5 Respostas
Hj em dia cada vez mais pessoas estão substituindo o telefone fixo pelo celular.
Bom feriado.
Big Beijos
A necessidade nossa é familiar. Parte de minha famÃlia mora em MG, outra parte mora no Sul da Bahia, e duas irmãs e dois irmãos moram no ES, (São Mateus e Guriri), por isto, tenho a necessidade do telefone fixo, que é caro para mantê-lo.
Aqui em casa, a medida que os meninos vão tendo idade, vamos logo dando celulares, colocando crédito, cadastrando nalguma promoção de minutos, etc.
Como um dos últimos dinossauros, ainda resisto ao uso do celular e continuo fiel ao telefone fixo. Certos companheiros nos acompanham a vida toda.
Um abraço.
Só mantenho um telefone fixo no Rio por causa da banda larga da OI-Velox que, por sinal, me deixou hoje sem sinal quase que o dia todo.
Assim que puder, acabo com essa linha.
Um abraço.
Eu consigo viver sem um telefone celular. Ele mais me atrapalhava que ajudava. Eu até fiz uma lista das dez razões pelas quais odeio o celular.