Quem já trocou de região no Brasil sabe que a fala, dependendo do lugar, muda. E foi esta mudança que o HSBC explorou, muito bem, em uma campanha para dizer que entendia os regionalismos.
Aqui, no Espírito Santo, temos algumas expressões que, acredito, sejam únicas.
Vejamos algumas:
- Capixaba não estoura a bola; poca
- Não vê lagartixa, mas taruíra
- Não desembarca do ônibus, salta
- Não se espanta, mas fala iá
- Não liga o pisca do carro, dá seta
- Não para no semáforo, mas no sinal
- Não come pão francês e, sim, pão de sal
- Não usa esponja, mas bucha
- Não acha sem graça, mas palha
- Não sente agonia, mas, sim, gastura
- Não acha legal e, sim, massa
- Não fica zangado, mas injuriado
Capixaba, originalmente, era quem nascia na ilha de Vitória, que é a capital do Espírito Santo. Depois, a denominação foi estendida a todos os nascidos no Estado.
O linguajar incorpora coisas do Rio de Janeiro, de quem o Estado sempre sofreu influência, e de Minas Gerais, devido às praias e à frequência dos mineiros a elas.
- Mais sobre falas regionais:
- Paulista versus Mineiros
- Mundo das gírias
- Glossário policial (O site não mais está no ar)
- Dicionário de mineirês (O site não mais está no ar)
E então, o que rola na sua região? Existe alguma diferença da fala geral? Dê um exemplo e enriqueça este post.
(Via Renatagra)
![blog4.jpg](https://www.linoresende.jor.br/wp-content/uploads/2006/10/blog4.jpg)
11 Respostas
Lino, eu acho bacana essas diferenciações no falar do brasileiro.Mesmo sendo gaúcha, morei por 14 anos no Rio de janeiro, minhas filhas nasceram lá. O que eu mas pegava no pé dos cariocas, além do chiado, era a palavra “mermo”(mesmo). Aqui não falamos garoto(a) ou menino(a) e sim guri/guria. Só legal não basta, tem que ser trilegal. Nada de sinal ou semáforo é sinaleira e naõ se fala mais nisso(rsss).
Bjos.
Eu adoro estas diferenças regionais por todo o paÃs,LINO.
Até lembrei-me de um mico que tive ,muitos anos atras,em Salvador,heheeh
Abração e um otimo feriado.
Lino, como o Do, também acho lindo as diferenças no jeito de falar nosso, Brasil afora! Aqui no PiauÃ, por exemplo, brogue é um murro pequeno; botar sentido quer dizer guardar ou proteger; bom de taca é uma pessoa que fez algo errado; bater a caçuleta é morrer; baixa da égua é um lugar muito longe. Certa vez, eu estava no centro do Recife e vi uma barraca de frutas. Vi uma ata linda, enorme. “Moço, quanto custa a ata?”. O rapaz perguntou o que era a ata entre as frutas. Morri de rir com o jeito dele. Lá, ata é fruta-do-conde. Prá mim, o sotaque mais bonito é o do baiano. Nossa, acho lindo aquele povo falando!! Abraços!
Não lembrei de nenhuma agora…
Já é…
Abraços e bom feriadão.
pai, ‘massa’ e ‘palha’ são datados, ninguém usa mais! mas ‘sinal’ eu falo direto aqui em SP e tenho que me explicar toda vez…. e ‘pocar’ é um verbo mooointo capixaba mesmo!
Realmente cada lugar tem suas girias, seu maneirismo no falar, bem, em sta catarina e acho que paranã também, dinheiro lá é pila, tipo 5 pilas, 10 pilas.
bjs
Tenho uma amiga virtual em Vitória. No começo era compicadÃssmo para ela me explicar até o que era uma jujuba ou goma!
Chamado de delicados aÃ…
beiijnhos
Lino
Sou carioca, mas já morei fora do Rio por duas vezes: São Paulo (capital) e Florianópolis.
Até algum tempo atrás, todos os anos passava um mês viajando pelos estados do sul, que eu adoro.
Tenho uma única irmã, que morou 7 anos em Belém, e mora aà em Vitória desde 1991.
Assim, conheço razoavelmente expressões usadas nesses lugares, e acho linda essa diversidade.
Beijinho
Aqui no Amapá, lagartixa é osga
enrugado é engilhado
algo com defeito está esbandalhado
regular é tintiar
mosquito é carapanã
legal é pai d’égua
os pais dos colegas são tios
sÃtio (ou chácara) é terreno
goma de mascar é bazuca
sacolé é chop
bala (doce) é bombom
guri é curumim
abóbora é jerimum
aipim é macaxeira
Essas são as que eu lembro agora.
Muito pertinente a origem do linguajar, pois eu ao longo do texto identifiquei muita coisa falada aqui no Rio.
como se chama menino ai no espirito santos , no paraná é piá e ai?