Uma das maiores preocupações de todos nós, humanos, é saber como será o amanhã, o que vai acontecer. Talvez por isso é que muita gente acredita em horóscopo, tentando achar um guia seguro para o que vai ser sua vida. Também talvez por isso é que vemos, a cada dia, previsões e mais previsões do que pode acontecer, indo dos desastres climáticos até o próximo movimento político ou a nova onda da cultura.
Se entramos na área de tecnologia, então, as coisas mudam diariamente. A cada dia alguém prevê um novo passo, o que vai acontecer. E todos nós ficamos esperando. Estarão eles certos? Só o tempo é que dirá. Aliás, por falar de tempo, é bom olhar para trás e ver o que foi previsto e acabou acontecendo.
Vamos olhar, para tanto, um segmento específico, que é o dos escritores de ficção científica. Comecemos com Júlio Verne, que previu – o que só foi concretizado muitos anos depois – a viagem à Lua. Ou o caso de Arthur C. Clarke, que previu o lançamento de satélites artificiais geoestacionários. Neste caso, ele viveu para ver sua previsão confirmada.
A literatura de ficção científica é rica nestas antecipações. Os autores, muitas vezes, trabalham com universos futuros, daí fazerem uma série de previsões. Delas, algumas acontecem. Outras, não. No primeiro caso – a exemplo de Verne e Clark – estão Roberto Heinlein que em 1940 previu a criação do secador de cabelo. Ou o caso de Frederik Pohl que em uma de suas novelas falou do celular que, ao mesmo tempo, é um cartão de crédito.
O próprio cartão de crédito foi previsto há mais tempo, em 1888 por Edward Bellamy. No mesmo ano, em uma de suas histórias, previu a criação de shoppings centers, um conceito que efetivamente só nasceu anos mais tarde. Ou como no aso de Larry Niven que em 1980 criou a droga geriátrica, o que só viria a acontecer muito depois. Há, ainda, o caso de Bruce Sterling que “criou” o videofone, possível hoje mas ainda não usado efetivamente.
Imaginativos, todos estes escritores que são clássicos da ficção científica, provavelmente não tinham nenhum sentido de antecipação. O que fizeram foi usar a imaginação para criar objetos ou situações que se enquadravam em suas obras, de forma que prendessem a atenção do leitor e lhe entretece. Despretensiosamente, no entanto, acabaram vendo o futuro.
E hoje, o que acontecerá? Como disse, só o futuro dirá. Uma coisa, no entanto, é certa. Tal como no caso dos escritores de ficção científica, muita das previsões feitas não irão se concretizar. Pode apostar nisso.
13 Respostas
Olá Lino,
De todas essas coisas sobre previsões o que me vem a cabeça é “1984, sobre o Grande Irmão” e “Admirável Mundo Novo” sobre o baby de proveta… Na verdade nunca fui ligada a essas coisas, mas sempre gostei de ler ficção e o meu filho o seu nome Erick é por Erick Maria Remarque que é um autor norte-americano(?).
Mas gosto de saber de tudo…ahah
bs,
Lino, sempre fui fã de ficção cientÃfica. Lia e ainda leio tudo que me cai nas mãos, não perco um filme, acho um barato.
E concordo plenamente: com o correr dos anos, muita coisa que foi escrita, como “brincadeira”, vai acabar se tornando realidade.
Veja o caso do Isaac Asimov, por exemplo: o homem criou as 3 leis da robótica que são perfeitas. Logo, logo o homem vai precisar delas.
Um abração.
Quer saber a verdade ? Nao tenho a menor ideia 🙂 Tudo eh possivel. Mas eu aposto na engenharia genetica e o controle psicologico,
bjs
Lys
O futuro é o presente desembrulhado.
Um beijo no coração
Naeno
Mas é muito paradoxal esta postura humana de falar preocupado com o futuro. Primeiro porque sabem de que os dias pro virem dependem do que fazemos agora, e neste sentido, nossas ações tem sido extremamente danosas, de forma que o mais sensato seria esperarmos, sem muito espanto um futuro cheio de sequelas e comprometido à frente.
Um abração
Naeno
Como diz aquele velho ditado: O futuro a Deus pertence.
Vivo um dia de cada vez.
Big Beijos
Oi Lino.
Lembra do Admirável Mundo Novo do Huxley – aquele lance dos Alfas, Betas e Gamas (se a memória não falha), que tinham as suas profissões determinadas antes mesmo do nascimento? Acho que o próximo passo é este, com o mapeamente do genoma humano e outros avanços da ciência. Seu nascer de novo quero nascer com o gene de escritor.
Um abraço
A extrapolação do futuro feita até meados do século XX era baseada no mito de que o progresso dá direito a tudo. Hoje em dia, já estamos conscientes dos limites deste, diante dos recursos do planeta e dos “efeitos colaterais” do progresso desenfreado. Os que extrapolam o futuro atualmente devem ser meio pessimistas, como Houllebecq e seu “A Probabilidade de uma Ilha” ou o cenarista do “Planeta dos Macacos”.
Um abraço.
Oi Lino,
Interessante aqui, quem primeiro fez comentário e falou sobre Admirável Mundo Novo fomos nós e neste blog na lateral dos comentários, nós sequer aparecemos, quem figura primeiro é quem depois falou em sétimo.. Admirável Mundo Novo… Interessante não é mesmo???
Nem tudo vai acontecer, mas é impressionante como muitos se projetam no futuro e esquecem do presente.
prefiro nem pensar nisso, prevejo o que há de pior pro amanhã, com o fim das matas rios e o planeta rejeitando o ser humano como rejeita, daqui a pouco começaremos a diminuir ao invez de aumentar, e quando isso acontecer vai ser de uma vez.
So ver o futuro e muito facil. Dificil e muda-lo.
eu só quero saber oque vai acontecer amnha mais não consigo