As crianças, hoje, são cercadas de cuidados e há uma preocupação generalizada com tudo o que se faz, se come e se bebe. Nestes últimos casos – de comida e de bebida – ela atinge também os adultos. Afinal, vivemos em um mundo onde, de um lado, milhões são obesos e outros milhões passam fome. Mas este não é o foco do post. Ele nasce de um email que recebi há alguns dias e que reflete, quase à perfeição, o que fiz e o que fui na infância, juventude e adolescência. E creio que também reflete o que muitos leitores deste blog foram.
Na verdade, o que fiz ou fui, não é importante, mas o que é relatado, sim, pois nos fala de uma outra realidade, muito mais solta, muito mais livre, com muito menos amarras e cuidados. E conclui, como podem ver, que apesar de tudo, sobrevivemos, crescemos e vencemos. O email diz:
- “De acordo com os reguladores e burocratas de hoje todos nós que nascemos nos anos 40, 50, 60 e 70, não devíamos ter “sobrevivido, porque as nossas caminhadas de bebê eram pintadas com “cores bonitas, em tinta à base de chumbo que muitas vezes lambíamos e mordíamos.
- Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas “à prova de crianças”, ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.
- Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.
- Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar na frente era um bônus.
- Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem.
- Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar mas nunca engordávamos porque estávamos sempre brincando lá fora.
- Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.
- Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo morro abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de colocar “freios” . Depois de acabarmos num barranco aprendíamos.
- Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.
- Estávamos incontestáveis e ninguém se importava com isso.
- Não tínhamos PlayStation, XBox. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home, celular, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos – se os quiséssemos encontrar íamos à rua.
- Jogávamos de tudo! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sema” processos em tribunal.
- Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.
- Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.
- Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamãe ou o papai nos levassem.
- Criávamos jogos com paus e bolas.
- Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem. Eles estavam do lado da lei.
- Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os Últimos 50 anos tem sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.
- És um deles? Parabéns! Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como “verdadeiras” crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, para nosso bem”.
- Para todos os outros que não tem idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho… talvez ponha um sorriso nos vossos lábios. A maioria dos estudantes que está hoje nas universidades nasceu depois de 1980. Chamam-se jovens. ..
- Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietnam. A AIDS sempre existiu. Os CD’s sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia um deus da dança.
- Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco.
- Agora vamos ver se estamos ficando velhos:
- 1. Entende o que está escrito acima e sorri.
- 2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
- 3. Surpreende-te ver crianças tão à vontade com computadores.
- 4. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
- 5. Vais encaminhar este e-mail para outros amigos porque achas que vão gostar.
- SIM ESTÁ FICANDO VELHO heheheh , mas tivemos uma infância maravilhosa!”
Eu sou destas gerações anteriores aos anos 1980, passei por várias das situações e achei ótimo o email. E é por isso que, muito mais do que o encaminhar aos amigos – o que também fiz – decidi publicá-lo no blog. Aqui, mais amigos terão como lê-lo e constatar que os cuidados excessivos podem, também, ser prejudiciais.
E você, de que geração é? Passou por alguma dessas situações? E o que acha da educação e dos cuidados dados hoje às crianças? Vamos conversar sobre isso, então!
5 Respostas
Por tudo isto ,e muito mais,é que eu rio mesmo qdo escuto tantas bobeiras modernas,atualmente. Pra mim é como “recursos humanos”,que ficam inventando moda pra serem ouvidos.
Abraços,LINO
Lino! Faço parte dos “sobreviventes”. Adorei saber que após todos esses anos, eu permaneço talvez mais saudável, em todos os sentidos, do que muitos “jovens” da geração pós-8O…rs
Não morri com a água da mangueira, nem com todos os tombos da bicleta ou das árvores do quintal.
Adorei essas constatações!
Beijos!!!!
Dora
Lino, sou de 71, tive uma infância linda e guardo essas lembranças com carinho. O post me fez recordar muitas delas. Um abraço.
eu sou de 65. taaaanta coisa mudou, não é? que pena. mas ainda dá para curtir algumas coisas através da bendita internet onde a gente encontra os mais diversos sites dessas “lembranças”. que bom Lino, que nós sobrevivemos e somos felizes. saudade de vc.
Compadre, tem um presentinho pra vc lá no meu cantinho de rabiscos. Vai lá