NÓS NÃO ESTAMOS SOZINHOS

bacteria1.jpgCurioso, o homem sempre se perguntou se estava ou não sozinho no universo. Olhando para as estrelas, sempre imaginou se haverá vida lá fora, se haverá outras inteligências, iguais ou diferentes das nossas. Talvez daí – do desejo de ver o que estava fora, encontrar iguais – tenha impulsionado a nossa vontade de voar, de descobrir e entender o universo.

Neste caso, a procura continua e ainda não sabemos se há ou não outra inteligência. Isso, no entanto, não impede que possa afirmar: não estamos sós. Aqui, não se trata de outras inteligências, mas de outros seres, pequenos, quase invisíveis, dos quais, na maioria das vezes, não tomamos conhecimento. E quando o fazemos, é diante de algum problema que eles nos causam.

Que conversa estranha é essa, você deve estar se perguntando? Pois é, pode parecer estranho, mas estou falando do que chamamos de bactéria, que, na verdade, engloba vários tipos de minúsculos organismos. O domínio, aqui, é da microbiologia e, a partir dela, podemos afirmar, com toda segurança, que nunca estamos sozinhos.

Em cada um de nós – e em praticamente todo o corpo – sempre temos a companhia de algumas delas. Internamente, elas estão no nosso aparelho digestivo e nos ajuda a digerir o que comemos. Externamente, em vários locais, mas a maior concentração é no que, antigamente, se chamada de “áreas pudendas”, o sexo e as áreas a ele periféricas. Mas estão, também, na boca, no nariz, nas mãos, nos pés, em lugares secos e úmidos.

Como não as vemos, só sabemos de sua presença quando um problema aparece. Por exemplo, uma micose. Um problema nas unhas, na pele ou em outras partes do corpo. Nós, na verdade, somos os hospedeiros dessas pequenas criaturas, que provemos o seu sustento e permitimos que se multipliquem. E não é, como alguns poderiam dizer, questão de higiene, não. Limpos, elas continuam conosco. Se somos sujos – que horror! – elas nos acompanham em maior número.

O que ocorre, na verdade, é que, em relação a muito delas, somos simbióticos, o que significa que, se de um lado, elas dependem de nós, de outro, nós também dependemos dela para algumas coisas. Nos complementamos. E é por isso que, com toda segurança, podemos afirmar: Nós nunca estamos a sós.

E isso em qualquer circunstância.

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