Aprendi, desde criança, que temos de ser corretos. E isso significa, dentre outras coisas, não se apropriar do que não é seu.
E também que toda nossa vida deve seu pautada por princípios, dentre os quais está ser honesto e ético.
Fui criado e educado assim. Meus pais – e a maioria dos que conheci e conheço, desde então – achavam que este era o caminho a ensinar aos filhos. O que buscavam era dar-lhes uma base moral forte, capaz de livrá-lo de um caminho fácil.
Hoje, olhando em perspectiva, vejo que o caminho por eles escolhidos era, efetivamente, o correto. Não acho que vivamos em uma época do vale tudo.
Acredito que existem princípios para serem respeitados. E dentre eles está a honestidade, a ética e a abominação da lei de Gerson, de quem só quer levar vantagem em tudo.
Aprendi, do modo mais difícil, que é preciso trabalhar e lutar para ter as coisas. É preciso estudar, se esforçar, conquistar o seu lugar, sem indicações políticas, sem QI, com méritos próprios.
São estas crenças – ou princípios – que procuro praticar e mostrar às pessoas com quem convivo, seja no trabalho, em sala de aula ou por amizade.
Sou daqueles que acham a política um meio de servir ao eleitor, não servir-se dele. Sou daqueles que acham impróprio pegar alguma coisa, por menor que seja, sem que ela lhe seja dada.
Serei um exemplo? Não me vejo assim. Sei, contudo, que o Brasil está se tornando asfixiante. E tudo por termos de conviver com posturas – em todos os níveis, diga-se – que repetem os três macacos: não vem, não ouvem e não falam, e permitem tudo. Parece até que a norma são os mensalões, sanguessugas, vampiros, etc. A desonestidade campeia, com apoio e aprovação públicas. E isso se mostra no plágio, na cópia descarada na Internet, com as pessoas se apropriando do que não é seu.
Posso até estar fora de época. Mas acredito que estamos precisando, mais do que nunca, de um choque de moralidade. E ele tem de atingir todos os níveis.
Tenho certeza que a maioria da população concorda comigo, abomina o que está acontecendo e não vê a hora das coisas mudarem.
Neste caso, acho que podemos dar um empurrãozinho: é só eleger quem tenha o perfil que desejamos. Pode não ser muito, mas é um bom começo.
3 Respostas
Eu estou pensando em falar na ‘Robauto’, sabe o que é, né? tem a ver com tudo o que vc disse. É difÃícil educar hoje, todos só querem se dar bem, roubando, lesando, passando a perna… abs, laura
Não posso concordar mais com você. Essa é a hora de mostrar que podemos, sim, fazer diferença. Eu fico cansada de ouvir as pessoas me dizerem que não adianta nada, já que quem decide são os miseráveis desinformados que recebem bolsa-famÃília. A eleição não é só para presidente. Acho que essa é a grande chance do legislativo mostrar o motivo de sua existência: legislar e controlar o executivo.
Lino, não achei o seu e-mail, então vou aproveitar pra vender o meu peixe aqui. Dê uma passadinha no meu blog. Ele é dedicado às novidades de consumo em design, moda e tecnologia. O pessoal da Oficina de Estilo lê, pode perguntar pra elas.