O que você lembra de sua infância? Normalmente, quando olhamos para o passado, sobretudo para quando éramos crianças, o que nos vem é uma grande nostalgia e temos a tendência de considerar aqueles bons dias. Bom não sei se todos são assim, mas vejo a minha infância como ótima e divertida. Gosto de lembrar dela, mas isso não quer dizer que queira voltar no tempo. Não, me sinto bem no presente e estou, acho que há um bom tempo, sempre olhando o futuro.
De qualquer forma a explicação era desnecessária já que, aqui, estou me alinhando a um novo meme, em que fui escalado pelo Fábio Mayer. Tenho de falar de cinco coisa da minha infância que não esqueci – Fábio, tem muito mais. Mas vamos nos limitar as cinco, sim!
Apanhar frutas no pé – Sozinho ou com amigos, este era um dos divertimentos. E apanhá-las no mais alto possível, fazendo malabarismo e correndo o risco de uma queda que poderia causar problemas. Neste caso, quando mais difícil, melhor.
Tomar banho em rio – E não era só isso, não. Fazíamos uma área de pedra de grande escorregador, saindo em disparada e mergulhando mais à frente. Ah! como era divertido. E não tínhamos, mais uma vez, nenhuma noção de perigo.
Pescar e caçar – No primeiro caso, pescava no rio da propriedade, principalmente bagres, que depois eram preparados por minha mãe para a família. No segundo, alguns pássaros em mata próxima da fazenda. O segundo, hoje não faria mais.
Rir com os quadrinhos – Principalmente com Os sobrinhos do capitão, uma revista que acabou há muito, e com o Peninha, criado pela Walt Disney e que ainda existe. Minha mãe nunca entendeu porque eu vivia rindo sozinho ou com um grupo de amigos. Ela não achava nada interessante. Hoje, ainda gosto do Peninha.
A descoberta da leitura – Da infância para a adolescência descobri a leitura e a viagem que ela proporcionava. Inicialmente, em revistas de adultos. Depois, nos livros, emprestados dos amigos, da biblioteca, de onde podia. Foi assim que li Exodus, de Leon Uris, com 12 anos. E não entendi nada, mas podia me gabar de ser “intelectual”.
Ah! e como um bônus, lembro meus tempos de coroinha, assistindo à missa na igreja próxima da minha casa. Eu ficava todo orgulhoso, sobretudo por ver que muitos dos meus amigos não conseguiram. E o melhor de tudo, é que isso deixava meus pais muito orgulhosos.
Foi, sem dúvida, um tempo muito divertido. Posso, neste caso, me considerar um privilegiado por ter tido uma infância rica em experiências e, ao mesmo tempo, protegido no meio da família. Foi, também, um tempo rico de aprendizado, de ver como o mundo era e de me preparar para ele.
Olhando para trás, vejo que minhas raízes estão no Bom Ver, na Fazenda Cedro Grande, interior do município de Alegre, no Espírito Santo. Mas sei, ainda, que me transformei em um animal urbano. Do que fui, ficaram as estripulias de garoto e os ensinamentos – da escola, de casa, dos amigos – que me serviram e continuam me servindo ao longo da vida.
UM NOVO PRÊMIO
Desta vez foi a Elisabete Cunha, do Encanto, a autora do mimo. O prêmio é o Visitante, como mostra o selo. Como tenho dito sempre, fico feliz com as indicações e só tenho a agradecer mais uma demonstração de amizade.
A segunda parte – e quase todo meme a tem – é indicar novos blogs para o prêmio. Como se trata de indicar lugares que devem ser visitados, acho que todos os que estão no meu Favoritos – barra lateral – merecem. Então, estão todos nominados. E se quiserem seguir com o meme, fiquem a vontade.
18 Respostas
Lino, o maridão está baixando música feito um doido. Agora está na fase das orquestras. Pois bem, ele baixou um disco do Bert Kempfert que tem uma música chamada African Beach. Tive uma violenta crise de choro porque me fez lembrar um dos mais felizes dias da minha infância. Estávamos eu, meu irmão, meu pai e minha mãe vindo da praia do Recreio dos Bandeirantes quando tocou essa música no rádio e todos nós ficamos dançando dentro de um jeep candango na maior alegria. Um momento bobo que só quem viveu é que sabe o quanto foi legal. Nada especial, nada exuberante e ninguém superou grandes desafios, foi apenas felicidade. Foi até postar sobre esse assunto que você já está tomando conhecimento. Beijjocas
Lino, escrevi “foi até postar” quando na realidade é “vou até postar”. Outra coisa, chorei de saudades e não de tristeza. Beijocas
Vc é lindo mesmo!
Que boas lembranças! Aprendi a nadar no rio – a canoa virou (lembra da música?). Pescava mandi no rio Mandú. Oiah que chique! 🙂 Beijus
Ótimas lembranças, Lino. Parece ter sido uma infância muito boa e bem divertida. Ainda curto o PENINHA, embora ande enjoado das revistas da galera do Walt Disney e prefira, atualmente, a Turma da Mónica. Hoje leio quadrinhos tanto quanto leio livros. E ainda consigo rir muito das estrapolias que os redatores armam.
Parabéns por mais esse destaque, você os merece com toda a certeza.
Abraços.
Retribuindo sua visita.
Feliz de nós que temos histórias para contar e reviver.
Abraços
Boas lembranças, Lino. No fim das contas, são esses momentos que valem à pena!
Estou devendo esse “me-me” pro Fábio e quero ver se até o fim da semana ponho no ar.
E a propósito, estou na blogagem do dia 1.
Um abração.
Eu adorava jogar bola de gude…
me desculpe Lino mas MORTE AOS MEMES. Pô se eu linko alguém e visito e comento é por que realmente vale a pena, pra que selo? credo.
Vc aproveitou bem a infância né Lino? Hj em dia a criançada não sabe mais o q é nadar em rio, pescar só querem saber de video-game e computador.
Big Beijos
Sabe o que me dá saudades da infância?A ausência de responsabilidade.Hoje eu tive umn dia carregado de maus fluidos e cheguei até a dar uma bronca no meu pai,que sempre foi mais criança que eu mesmo.
Daà fico pensando que, naquela época, minhas poucas responsabilidades eram chegar na escola no horário certo,tirar boas notas e eventualmente ajudar minha mãe nas tarefas domésticas… BONS TEMPOS!!!! São coisasboas da vida que a gente não esquece e,como eu, e como a LatÃcia do Flanela Paulistana, você também citou o hábito da leitura… até hoje eu leito gibis,inclusive o Peninha.
O que mais gosto de lembrar da infancia eram as brincadeiras que faziamos as crianças do bairro, se reunia todas elas e a brincadeira era coletiva. Quase não se vê mais disso hoje em dia
Bom dia Lino!
Eqto lia, tentava recordar de 5 coisas de minha infancia, e descobri um bloquio na minha mente. Preciso me concentrar.
bjs
Lino meu amigo, como vc foi um menino comportado, fico até com vergonha de falar das minhas traquinagens… ainda bem que to fora disso…ahahaha. Beijo meu querido.
P.S: estou com braço machucado, mas vim só avisar que recebi seu email e que, dentro do possÃvel participarei da blogagem coletiva sim! Beijos de novo!
Não tive uma infância como a sua, Lino, pois sempre morei aqui na capital, cercada pela selva de pedra!
Mas, é claro, que trago comigo ótimas lembranças da infância e ainda tenho, perto de amigos, amigo(as) queridos!
Bjo e otimo findi.
Eu estava observando as lembranças de sua infancia e ai eu descobri exatamente do que eu tenho medo. Perder a memória seria mais ou menos como perder a identidade. Acho que as coisas mais terriveis que podem acontecer com uma pessoas é perder a visão e perder a identidade (memória) não que o resto não assute mas agente consegue superar. Na verdade tudo e passivel de superação, mas algumas coisas são mais dificeis de se enfrentar. Para mim essas duas seriam terriveis. Ficar invalido mas com boa memoria e esperança ainda seria vantagem, morrer tambem!
O fato e que todos tememos alguma coisas, o importante e ter o temor sobre controle.
Abraço!
Caramba… minha infância.
Não sou muito nostálgico, mas rememorarei essa fase para pensar as cinco coisas que mais me marcaram.
Abraços.
Lino meu amigo, fazia algum tempo que não vinha aqui.
Ontem, prometi lá na Yvone que viria ler esse seu post.
Lindo.
Vivi muita coisa disso.
Frutas em árvores, banho no rio, pesca, no meu caso era mais o cascudo.
Brincadeiras de roda na rua, até 10 hs da noite.
Pular em barranco alto, que dava muito frio na barriga.
Sujeira, muita sujeira, e muita saúde.
Êxodus, também li, entendi e gostei, mas já li bem mais velhar que vc, foi quando o Valter me iniciou na leitura, me abrindo os olhos e os caminhos para a leitura, aliás para a boa leitura.
Adorei seu post meu amigo, foi uma linda lembrança.
Um beijo