Desde que -segundo alguns – descemos das árvores criamos o hábito de viajar. Inicialmente, para muito perto, já que andávamos a pé. E ir a distâncias longas, além do perigo que corríamos, demorava muito. Depois, domamos os animais e passamos a usá-los como meio de transporte.
Graças à engenhosidade humana, progredimos. Vieram os barcos a vela, depois, a vapor. Os carros foram criados e desenvolvidos. Os trens surgiram e junto com eles os grandes navios. Santos Dumont colocou o seu primeiro avião no ar e hoje eles são gigantescos, levam centenas de pessoas. Tudo isso tornou o transporte mais fácil e mais rápido.
Mesmo assim ainda temos de enfrentar longas esperas para ir de um a outro lugar. Do Brasil para a Europa, por exemplo. Mas se isso pudesse ser feito no mesmo instante, como a ficção de Jornada nas Estrelas? Você se desmaterializaria em um lugar e se materializaria em outro. Estava em São Paulo e, no momento seguinte, em Paris. E tudo isso sem filas, sem espera e provavelmente a um custo muito pequeno.
Ah, a ficção! A realidade é diferente. Será? Pesquisadores espanhóis que trabalham em um programa da Agência Espacial Europeia está desenvolvendo um equipamento que é capaz de fazer este tipo de tarefa. Pretendem que dentro de mais dois anos ele esteja operacional. Seria usado para transportar coisas e objetos entre a Terra e estações espaciais.
Estamos próximos do teletransporte? Os responsáveis afirmam que não, que ele continua sendo uma ficção. Mas se em um primeiro passo – e é isso que buscam – forem capazes de transmitir matéria de um para outro ponto – o que, aliás, já foi feito em muito pequena quantidade – estaremos dando os primeiros passos na direção do teletransporte. Os próprios cientistas admitem que este é um dos caminhos.
Os espanhóis não são os únicos a estudar o transporte de matérias de um para o outro lado. Segundo a CNN, cientistas trabalhando de forma independente na Áustria, Austrália e Dinamarca já conseguiram uma forma rudimentar de teletransporte. Eles estão – incluindo os espanhóis – muito longe de transportar humanos. Mas o caminho já foi iniciado.
E você teria coragem de se submeter ao teletransporte? Ou preferiria os meios tradicionais de se mover de um para o outro ponto? Acho que se o meio existisse e estivesse testado e aprovado, não teria nenhum receio de me teletransportar. Tornaria as coisas bem mais fáceis, não? (Via NUD)
Como estamos falando de tempo, pois é disso que o transporte cuida, inclusive com a possibilidade de, no amanhã£, irmos de um para outro lugar sem perda de tempo, escolhi duas frases que falam sobre a questão.
Vejam as frases e me digam o que acharam delas:
“O tempo é uma imagem móvel da eternidade”. Platão, pensador e filósofo
“Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem e nós nos modifiquemos junto, por uma revolução que chegue e nos leve em sua marcha. Nós mesmos somos o futuro. Nós somos a revolução”. Beatrice Bruteau, pensadora e filósofa.
E que todos nós tenhamos um ótimo final de semana.
17 Respostas
Lino o teletransporte seria, a meu ver, a unica solução viável para minha querida São Paulo que, nos dias atuais não mais se movimenta, apenas se arrasta em monótonos 5 km por hora………
Por enquanto parece ficção,LINO,mas esta claro que é so uma questão de tempo.
Nem vou me atrever a dizer que nós não veremos este avanço.
Quem sabe?
Mas é como vc disse: se fosse comprovadamente testado eu usaria sim.
Abraços!
Lino, eu adorava ver Jornada nas Estrelas, e ficava toda curiosa pra saber como o Capitão Kirk e o Dr. Spock se teletransportavam!
Já vi, em outros filmes/explicações que a teletransportação é feita através da quebra de moléculas…
Leiga que sou sobre o assunto, vou ter que esperar as notÃcias chegarem através de você…
Bjão e otimo findi.
Essa tecnologia, erá para ser do futuro…Lino não sei se você gosta, mas tem um mimo no meu site, bom final de semana abraços
Estou tentando mas não consigo…tem um mimo no me site abraços
Lino… sinto… de verdade… que você gosta dessas coisas futuristas que tanto me assustam…rsrsrsrs… Esse lance de “desmaterializar em um lugar e se materializar em outro” me da panico… se a tecnologia, por mais avançada que seja, é falha, sinais de celular que se perdem, ligações que caem, AVIÕES que caem, návios que afundam, trens que descarrilham, carros que batem (tá… esses aqui, na maioria das vezes é por problema de volante mesmo, não do aparelho, mas de quem os guiam…rsrsrsrs)… imagine só se ta um tilti entre a desmaterialização e a materialização??? socoooooooooooorro…rsrsrsrsrs … Medo!!!! … mas ainda assim… deixo beijos pra você…rsrsrsrs… mesmo que não sejam materiais…. fica registrado, assim vale também, não é???…. *pisc
Eu acho que nem daqui a dois anos. As idéias evoluem mais rápido…rs
lino, quando eu tinha uns 10/12 anos, vi um filme que em português se chamou “a maldição da mosca” e descrevia justamente um caso de teletransporte em que, no momento em que a pessoa entrou na máquina de decomposição de molécula, havia uma mosca. e quando ela foi recomposta, as suas moléculas se misturaram à s da mosca e ela virou um monstro. diante disso, e respondendo à sua pergunta, eu usaria os métodos de transporte “tradicionais”. afinal, sou uma mulher do século xx.
Ô Lino eu teria coragem de encarar um teletransporte, desde que não fosse o primeiro passageiro. Quem sabe o milésimo terceiro, só por garantia, hehehe…
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Tenho dúvidas de que uma maravilha assim concretize-se em curto prazo. Aliás, caso isto ocorra (estou falando no transporte de seres humanos) até parece que já estou vendo os caras fazendo um Proer para que as companhias de transposte áereo e terrestre adaptem-se aos novos tempos (sem perder nada, naturalmente) e planos de demissões voluntárias no setor contribuam para engordar os Ãndices de desemprego.
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Estou amargo? Possivelmente, mas acho que as inovações tecnológicas estão acontecendo num ritmo acelerado demais em um mundo que não está pronto para recebê-las e delas desfrutar em sua plenitude. Resultado: a máquina toma o lugar do homem. Satisfação de poucos e infortúnio de muitos (comparativamente falando).
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Uma tÃmida tentativa de explicação: como por aqui não há investimento na educação de base (que deveria ter como matéria central, desde os primeiros anos, o ensino da Informática) nossos jovens concluem o segundo já obsoletos diante de um mercado de trabalho cada vez mais exigente de conhecimento tecnológico. Resultando, salário decente e emprego formal são uma raridade.
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Acho que deu pra transmitir o que penso. Se não deu, sorry. Culpa da confusão mental do escriba.
Um abraço. Bom findi.
Ia ser o máximo teletransporte.
Big Beijos
Caro mio, a questão do teletransporte é bem mais complexa. O que de fato ocorre é que a nossa matéria é desfeita num dado ponto do espaço-tempo e replicada por máquinas noutras coordenadas. É isso que a ciência fez até agora: destruir um fotão num ponto e, noutro ponto, replicá-lo exatamente igual!
Por isso, a questão de coragem entra, mas também a questão da moral. Você aceitaria ser morto para ser replicado noutro lugar? Aliás, esse mesmo tema, salvo erro, é abordado no primeirÃssimo episódio do StarTrek TNG: Jean Luc morre e eles replicam uma versão que o computador ainda tinha em memória (uma versão de minutos atrás que nem se lembrava, obviamente, da sua própria morte).
Gene Roddenberry era um visionário: não tenho dúvidas. No Earth: Final Conflict ele não fala em teletransporte mas aborda muito a possibilidade de tecnoligia que permita criar pequenos buracos verme de um ponto a outro do próprio planeta. Você caminha uns instantes por eles e chega aonde você pretende chegar. Parece-me mais fácil, eticamente inquestionável e menos perigoso. Não é mesmo?
Um abraço.
PS: gostei tanto das frases, que desta vez irei citar uma num texto que irei publicar amanhã.
Olá, Lino, este texto está ótimo, o tempo como desafio. Por mais que avancemos na tecnologia, e na pressa por dominar espaços, penso que se corremos tanto, perdemos a percepção fina, aquela possibilidade dos dos detalhes. Claro, se vencemos a distância, algo teremos de perder, ou não? Eu gosto de caminhar, viajar em menor velocidade, um certo prazer na viagem, não somente no chegar no novo destino. Mas em se tratando das filas de espera, nada interessantes, algo poderia ser feito para evitá-las…Se a energia pode ser transportada, será que a bagagem e o passageiro poderão ser “guinados” na hora certa? Esse seria um desafio para dar acesso aos meios que hoje temos e são ainda precários. Como evoluir na organização das viagens, de forma não predadora? são perguntas que me ocorrem agora.
Abraços, e parabéns pela postagem.
Eu havia comentado, mas não sei por qual motivo sumiu…
Me fez lembrar Kubrick e Clarke, mas é perfeitamente possÃvel um navegador molecular daqui ha mais alguns anos. A ciência evoluiu, e fiquei feliz quando li Stephen Hawking dizer que, quanto mais estuda, mais percebe que uma força infinitamente poderosa está por trás de tudo. Isso é muito bom!!
Por sinal, amanhã é o dia do fÃsico.
BeijUuvooooooooooooosssss da Loba
Penso muito parecido com o Jens, com a diferença de que também vi A Maldição da Mosca.
Beleza de post, Lino.
beijo pra você.
Entre teletransporte e duas horas de trânsito todos os dias, melhor a primeira opção…rs
lino, eu tb ñ teria nenhum problema em me teletransportar se a segurança tivesse sido testada e comprovada
Nos tempos que a SuperInteressante era uma boa revista e não o lixo que é hoje, uma matéria especulava sobre a impossibilidade do tele transporte, porque, fora do nÃvel molecular, seria necessário queimar matéria, que chegaria do outro lado da linha torrada.
Mas façamos um exercÃcio e pensemos nos efeitos que um teletransporte humano teria na sociedade:
1. Eu poderia passar as tardes de domingo em Paris, passeando no champs eliseés, assistir o jogo dos Coxas no Couto Pereira em Curitiba e terminar a noite, na Broadway em NY, assistindo um musical.
2. Pacientes poderiam consultar com os melhores médicos em suas especialidades, de tal modo que os honorários deles cresceriam exponencialmente.
3. A telefonia e a transferência de dados seriam negócio ainda mais bilionários, no entanto, sujeitos a ataques terroristas.
4. As companhias aéreas acabariam.
5. Uma pessoa teria uma “porta” em casa, com um discador e o número seria o endereço para onde iria, bastando ligar o aparelho, discar e entrar.
O que mais?