Reiniciei minhas atividades como professor. Nelas, sempre que começo com uma nova turma procuro saber quais são suas expectativas para o curso que estão fazendo.
O que tenho ouvido – e neste semestre não é exceção – é o desejo de melhorar. Mesmo para quem já¡ tem um curso superior e está¡ tentando outro.
O que todos buscam é o alargamento de oportunidades. E escolhem o curso pensando nisso. Alguns, já o casam com sua atividade atual. Outros, por entenderem que é o melhor, o que lhes oferece maior oportunidade.
A estes alunos tenho dito que estão certos. As estatísticas provam que um curso superior aumenta a empregabilidade e melhora salários. Isto é um fato.
O diploma de nível superior, se é um mito, não o é de todo, pois funciona. E isso não leva em conta, sequer, uma questão muito discutida, que é a qualidade do ensino.
Sim, ela é baixa, pode melhorar. Para tanto precisamos, no entanto, percorrer um longo caminho, começando pela inversão de prioridades, com maiores investimentos no ensino médio e profissionalizante.
O que todos buscam é uma especialização, uma profissão que lhes permita ter um bom emprego, um bom rendimento. Isso pode ser obtido por um bom curso médio profissionalizante.
Enquanto isso não for feito, a solução é o diploma universitário. Ele pode não ser o ideal, mas ajuda. E muito.
Uma resposta
Olá, boa tarde!
Realmente o ensino superior aumenta as chances de sucesso financeiro, e isso deve ser de longe o fator principal dos que se inscrevem nos vestibulares. Porém, penso Eu que se por um lado, o dinheiro almejado por estes alunos de fato, melhora suas vidas, por outro, não deveria ser o único ponto de partida.
Sim, porque o que se vê, a longo prazo é um grande abismo entre ter diploma e ter cultura, é sabido que num universo de “X” pessoas apenas “Y” conseguem entender um simples texto jornalístico, o que só para exemplo, fez com que um colunista de Veja, fizesse um ensaio há uns meses atrás, apenas para mostrar tal disparate, (muito embora em sua coluna, Ele tenha se detido unicamente ao ensino médio…)tomando como exemplo Finlândia e Brasil; sendo estes exemplos, funcionários da Nokia respectivamente. O Maior bem de um País, deveria ser a cultura, e Ela tratada com seriedade produz mesmo que a longo prazo, frutos perenes que duram muitas vezes por gerações, mais é triste notar que Ela é usada apenas como ferramenta para transpor abismos de ordem sócio econômica,(repetindo-se aqui, a velha lenda do jovem que sai de sua casa se aventurar para outros lugares em busca de fortuna, invadindo terras, e depois de consegui-la se tornava um coronel déspota escravocrata), que por uma mão colherá a riqueza por outra, ditará a incompreensão e o descaso aos problemas que surgirem ao seu redor, na medida em que imbecializado pelo fator “Status”, não poderá compreender que um estado se constrói pela vontade e para o bem geral da coletividade.