CUIDADO COM O GRANDE IRMÃO

O que você diria se toda sua navegação pela internet estivesse sendo monitorada? E se seus e-mails estivessem sendo lidos pelo Governo? E se todas suas procuras no Google fossem checadas?

Não fique paranoico, pois isso – pelo menos ao que se sabe – ainda não está acontecendo. Mas esta é a proposta do Diretor de Inteligência da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. E se for feito, muito do que nós, aqui no Brasil, fazemos vai ser do conhecimento do Governo dos EUA, já que muito do tráfego dos sítios passa pelos Estados Unidos, estão hospedados lá.

 

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A informação sobre o plano de Lawrence Wright ou sobre sua proposta será veiculada na edição da revista New Yorker, que está chegando às bancas – a história não está disponível on line. Segundo a Wired, que veiculou a informação sobre a reportagem da revista, ela afirma:

Para que o cyberespaço seja policiado a atividade da Internet terá de ser monitorada de perto. E isto, segundo um dos auxiliares de Wright, Ed Giorgio, que o ajudou na elaboração do plano, significa dar ao Governo autoridade para examinar o conteúdo de qualquer e-mail, transferência de arquivo ou procura na web.

Segundo Giorgio, os registros do Google, das procuras feitas através de suas ferramentas, têm dados que podem ajudar na investigação do cyberterrorismo. O que Wright teme – e parece ter convencido o Governo – é que, por exemplo, o sistema financeiro dos EUA seja hackeado. Vendeu a ideia de que este ataque pode fazer mais dano à economia do país que o 11 de setembro.

Pelo plano, a Agência teria o direito de monitorar todo o tráfego da internet e acessar toda informação que, porventura, considera ameaçadora aos Estados Unidos. Imagine, por exemplo, se você diz em um e-mail que odeia o Bush. Na certa, entraria na lista negra da Agência e poderia ser olhado como um possível terrorista, mesmo que estivesse fazendo uma brincadeira.

Agora, aqui pra nós, é a institucionalização do Grande Irmão, pior ainda do que em 1984, pois os instrumentos disponíveis para este controle é maior e mais capaz do que os pensados por George Orwell. (Via Wired, em inglês)

AINDA A PANDORA

Já disse aqui, antes, que sou fã do Pandora, um sítio de música onde você pode escolher um artista ou um género e montar uma rádio só com ele, deliciando-se do que for apresentado. A rádio permite, ainda, que você aprove ou não o que está tocando, refinando a montagem da estação.

Pois bem, a Pandora havia sido fechada aos residentes fora dos Estados Unidos. O meio de ouvi-la era, por exemplo, usar o Hotspot Shield, um programa que ajuda na navegação anônima. Bom, agora há outra opção e ela não necessita de mais nada a não ser o próprio navegador. Então, se gosta de música, experimente o Global Pandora.

Acho que vai gostar.

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