Os gregos, que inventaram a democracia, foram também os seus primeiros críticos. E estas críticas iam no sentido de não se poder dar ao povo o poder, já¡ que um “governo de muitos” não funcionaria.
Desde a Grécia até hoje a ideia de democracia foi se aperfeiçoando, ganhando adeptos e chegamos a um momento que, como regime, pode não ser o ideal, mas é o melhor que temos. Todas as experiências em outras direções falharam.
Só que democracia, como muito bem colocado pelos fundadores dos Estados Unidos, se faz com quem quer participar, com quem acha que pode fazer a diferença, com quem entende que tem um papel a desempenhar e deve desempenhá-lo da melhor forma possível.
E qual é este papel? No meu entender – e neste blog isto não é nenhuma novidade – é escolher bem os seus candidatos, participar e votar em gente honesta, comprometida com a ética.
Eu voto não por ser obrigado. Mas por achar que meu voto faz a diferença. Mesmo fazendo um exercício de futuro, sei que meu voto não é eterno, pode mudar e, no caso do desempenho do meu escolhido não corresponder, ser dado a outra candidato em uma outra eleição.
Em uma democracia – por pior regime que ela seja – o voto é a principal arma. Com ele, podemos eleger. E derrotar. Mudar. E aprovar o continuísmo. Avançar. Ou votar em quem representa um retrocesso.
Tudo isso através do simples ato de apertar alguns botões. E ao fazê-lo, não estamos simplesmente votando. Estamos decidindo o futuro do Brasil.
O que você quer? O voto vai refletir o seu desejo. Se quer mudar, chegou a hora.
A mudança só depende de nós. Se cada um votar – e votar certo – ela virá. E teremos um país melhor.
4 Respostas
Às vezes eu me pergunto: mas até qdo iremos ter que mudar, e sempre mudar? Eu queria tanto poder criar os filhos que eu não tenho, ainda, em um país mais justo, igualitário e humano, governado por pessoas descentes, verdadeiras e honestas. Eu espero não estar sendo ingenua neste meu desejo.
Lino, não lembro de ter votado com tanta tristeza!! Até chorei, acredita?? Mas penso feito vc: eu voto não porque seja obrigatório mas, porque é um direito que eu possuo e não abro mão dele! Mas, às vezes, sinto o peso das dificuldades que o caminhar no processo de construção social possui. Votei no Lula porque penso que com o Alk, o retorno das discussões sobre a ALCA, as privatizaçõµes e outros termos do Consenso de Washington é uma certeza! Gostaria de ter votado no Cristovam mas quando vi que iria apenas facilitar um segundo turno, desisti. Sabe, tô prá lá de cansada de ver somente uma briga intensa pelo poder, entre o PT e o PSDB! Abraços!
lino,
fiz,ontem,o que minha consciência mandou: votei 50,mesmo sabendo das mínima chances.
mas já sei que haverá segundo turno, isso nos alegra.
quando teremos um brasil decente e limpo?
passe lá no blog.abs.tertu
Lino, o brasileiro tem que parar de encarar o voto como apenas uma obrigação. Tem que sentir vontade de participar.
Gostaria que o voto não fosse obrigatório, para que as pessoas realmente interessadas na política decidissem. O que um sertanejo que não tem nenhum tipo de informação pode contribuir para uma mudança?? Ele vai ser sempre pau mandado. Não estou dizendo que pessoas simples são ignorantes, muito pelo contrário, são ingênuas e acreditam nos contos de políticos oportunistas. Beijus