Ao vivo e o futuro nos dias de quarentena

AO VIVO E OLHANDO O FUTURO NOS DIAS DE QUARENTENA

Os dias de quarentena tem nos impostos muitas mudanças e uma delas é o “ao vivo”, em que se fala de tudo, mas que nos oferece, como no evento realizado pela Escola de Associativismo do Espírito Santo, de dar uma olhada no futuro, tentando entender o que ele nos trará e como nos mudará e à sociedade.

As “lives”, como são referidas no resquício do colonialismo cultural, nos proporciona boas opções de aprendizado. No Instagram, no Youtube, no Zoom e em outras plataformas digitais elas viraram quase que padrão e podemos escolher entre as inúmeras ofertas, ouvir especialistas, acompanhar novas tendências, tentar entender como será o amanhã, O e nos divertirmos.

Apesar de ter mais tempo, sou seletivo em relação ao que vejo, e seleciono o que está dentro dos meus interesses. O futuro e o que ele nos trará de transformações é um desses interesses e participei, nessa semana, de um evento muito interessante e com um assunto que, entendo, deve interessar e irá afetar todo mundo.

EDUCAÇÃO

Neste evento, três aspectos de como pode ser o futuro foram discutidos. O primeiro deles, envolvendo a educação, objeto de Leonardo Carrareto. Como diria a música, nada será como antes. Olhando à frente, a perspectiva é que a educação será totalmente diferente do que temos hoje, mais centrada no aprendizado individual e no que a própria pessoa está interessada em aprender. A ideia que ficou é que a educação terá de ser inteiramente repensada para o mundo digital.

O que Carrareto deixou bem claro é que não se trata de uma adaptação, mas de mudança, mesmo, começando do zero e estruturando um ensino que estimule o aprendizado e ensine o aluno que aprender é uma atividade diária, não restrita, como hoje, às salas de aula ou aos deveres de casa. O foco muda do professor para o aluno e é deste que deve partir a iniciativa de aprendizado, expandindo seu mundo, seu conhecimento e sua visão.

TRABALHO

O segundo ponto foi em relação ao trabalho e como ele pode ser no futuro, tema desenvolvido por Renzo Colnago. Assim como no ensino, o trabalho sofrerá uma profunda transformação e, mais uma vez, será o indivíduo que ficará no foco. O que já começou vai ser ampliado e o importante serão as competências de cada um e a capacidade de entregar suas tarefas e de inovar.

Hoje, com o trabalho remoto, já temos uma mostra de como funciona. Com a disrrupção causada pela pandemia do novo coronavírus, a mudança irá se acelerar e, na visão de Colnago, nos trará uma nova forma de trabalho, muito distante do conceito de emprego como o vemos atualmente. A mudança exigirá que cada um seja o seu próprio empresário e que, a cada dia, como ressaltou Leonardo Carrareto, aprenda e que esse aprendizado seja contínuo.

SOCIEDADE

O terceiro ponto foi a tentativa de antecipação de como será a sociedade e o mundo em que vivemos pós coronavírus. A tarefa ficou a cargo de Marcos Santos e ele a realizou muito bem, com uma ótima apresentação estruturada. E começou por desmistificar que a mudança será provocada pela tecnologia. Não. Segundo ele, a tecnologia é uma ferramenta. Quem muda e quem provoca a mudança é a sociedade.

Os indícios de como será adiante, segundo Santos, já estão presentes no isolamento social e no confinamento, com as pessoas tendo de se reinventar. A sociedade como um todo, a partir da Covid 19, passará por uma transformação e é ela que levará à transformação digital, incluindo das empresas. E novamente não se trata de adaptar-se a um novo mundo, mas de se reinventar, usando os meios tecnológicos.

MUDANÇA

A soma das três apresentações deixou claro que vamos entrar, devido à pandemia e ao isolamento social, em um período de rápidas mudanças, que já começaram a acontecer e que serão aceleradas, não por iniciativa das empresas, mas por exigência da sociedade e dos consumidores, que passaram a ver produtos e serviços de forma diferente.

O encontro, no meu entender, permitiu que cada um reflita como será o amanhã. Não sabemos, na verdade, como ele será e nem podemos planejá-lo, mas é preciso ficar atento para as mudanças, abraçá-las, aprender com elas, mudar atitudes, comportamentos e, no final, torcer para que a disrrupção do coronavírus nos traga um mundo melhor.

Afinal, como disse o filósofo Heráclito, na vida “nada é permanente, exceto a mudança”.

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