A QUESTÃO DAS QUOTAS

As quotas, por etnia ou por local de estudo, estão na ordem do dia.

Tratam-se, segundo seus defensores, de ações afirmativas necessárias, uma forma de dar oportunidade a quem, normalmente, não a tem.

A questão não é simples. Ouvindo alguns professores, colegas, tenho colhido opiniões quase unâmimes de que as quotas não vão resolver o problema de acesso à universidade. Antes, vai criar um novo problema, o de qualidade de ensino, já¡ que o nível terá¡ de ser rebaixado para que os alunos acompanhem.

Sem entrar no mérito da adoção ou não de quotas, o que os colegas veem é uma inversão. O governo deveria cuidar de oferecer um ensino de qualidade, desde o primeiro momento que alguém frequenta uma escola. Se ele for bem preparado, pode concorrer à universidade pública em igualdade de condições com todos os outros alunos.

Ensino de qualidade oferece maiores possibilidades de crescimento. As quotas, por outro lado, acabam por colocar um rótulo em que chegar à  universidade mediante o seu uso. Abole o sistema de mérito e isso pode influir decisivamente, mais tarde, na vida profissional de cada um.

As quotas não vão resolver o problema de educação e de preparação dos jovens. O que irã resolver é um ensino de qualidade. Este é o primeiro passo para que, mais tarde, o jovem chegue à  universidade.

Se você perguntar a quem leciona verá¡ que a posição da maioria é no sentido de se fortalecer a educação.

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