A COMPRESSÃO DO TEMPO

tempo.jpgHá alguns dias recebi, via e-mail, um texto engraçadíssimo do Veríssimo sobre a falta de tempo. Somadas todas as atividades do dia, elas chegavam a 26 horas, o que o obrigava a fazer várias coisas ao mesmo tempo. E, no final, após ter provocado boas risadas com as situações hipotéticas que viveria, acabava por emendar: E, se tiver tempo, me mande um e-mail!.

Bem, o fato é que, todos os dias, tenho gente ao meu lado reclamando da falta de tempo. E o que piora a situação é que, em muitos casos, não somos donos do nosso tempo. Ele é controlado por fatores externos a nós. Veja o meu caso. Se um cliente chama, como vou dizer que não tenho tempo para ele? Atendo-o. E isso vai acabar provocando problema com outra tarefa que havia sido previamente programada.

Fato é que, aparentemente, o tempo parece ter encurtado. A dia passa em a gente ver. A semana voa. O ano nem bem começou e já estamos em abril. Daqui a pouco, chegamos em agosto e estaremos em 2009. E lembre-se que o século começou outro dia, mesmo, e já são passados oito anos dele. Apesar da sensação de encolhimento, o dia continua tendo 24 horas, o mês, 30 dias e o ano, 365.

Desde que Gregório instituiu o calendário que hoje usamos a medida do tempo não mudou. São segundos, minutos, horas, dias, anos, séculos, etc. Então, como ele pode ter encolhido? Fisicamente, é verdade, isso não aconteceu. Mas continua a sensação que temos menos tempo a cada dia. E isso faz com que horas, dias e anos passem de forma mais rápida.

E se a gente olhar pelo outro lado, o que veremos? Não será o caso de estarmos com muitas atividades? Queremos fazer tudo ao mesmo tempo e estamos fazendo a cada dia mais. É esta aceleração no fazer que nos dá a impressão da compressão do tempo. Afinal, nestes tempos modernos, temos de dar conta de tudo, como disse o Veríssimo. E no final, ainda mandar um e-mail.

Ah, e apenas para se ter uma ideia: um matemático calculou o tempo que gastamos em várias atividades, levando em consideração uma expectativa de vida de 72 anos. Dormimos 24 anos e passamos outros 24 trabalhando. Outros seis, gastamos assistindo televisão. E perdemos nove dias procurando o controle remoto da TV. Se tomarmos, diariamente, um banho de 12 minutos, gastaremos quase um ano só no chuveiro. Imagine o tempo gasto para almoçar, jantar, tomar café, ler os e-mails, respondê-los, dar conta de suas tarefas, atender o telefone, ligar e desligar o computador.

Some tudo isso e, no final, terá uma visão muito clara do excesso de atividades. São elas, que os assoberbam, que nos faz sentir sem tempo.

EM DEFESA DO TIBET

Desde meados do século XX, quando invadiu o país, que era independente, a China vem fazendo um trabalho sistemático de destruição da cultura tibetana, inclusive com a transposição de residentes, levando para o que chama de província, os chineses da etnia han, que são maioria no país.

Agora, em um passo adiante, volta a reprimir com violência as manifestações de tibetanos que querem liberdade, começando pela liberdade de culto, uma prática milenar, impregnada na própria cultura do Tibet. O que a China faz é inadmissível e devia ser condenado por todos, o que não acontece devido ao seu poderio econômico.

Mas você pode protestar e ajudar o povo do Tibet. Basta assinar a petição que a Avaz está organizando. O objetivo é conseguir um milhão de assinaturas. Eu já fui lá e assinei. E você, o que está esperando? Vamos ajudar o Tibet.

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