SEXO, MÚSICA E IMAGEM PÚBLICA

O sexo, todos sabemos mas nem sempre todos concordamos, faz parte da vida. Embora tenha havido um grande avanço da ciência, ainda é ele o responsável maior pela reprodução, não só humana, mas em todo o reino animal. No caso de nós, humanos, temos uma diferença fundamental, que é o usar o sexo como lazer, divertimento e prazer – pelo menos uma parte de nós. Este é um comportamento único, exclusivo daqueles que se colocam no topo da cadeia alimentar e acham que são os dominadores do mundo.

Mas a que vem isso? Tudo começou com a leitura de uma entrevista da cantora Rihanna, hoje uma mega star, que candidamente confessou que, sim, suas musicas tem apelo sexual e, sim, ela também usa a sensualidade nos seus shows, mas não o faz de forma deliberada. Para ela, que se apresenta de shortinho e de barriga de fora, sempre rebolando e sugerindo interação sexual, o sexo é coisa natural na música. Sim, ele também é coisa natural na vida. O que não é natural é sua exploração.

E é a exploração sexual que temos visto – e não se trata de prostituição, não. Veja a música. Rihanna não é o único caso. Beyoncé também usa o sensual em suas musicas de foram explicita, assim como muitos outros artistas, indo dos artistas teens, como Justin Bieber, aos astros consagrados, que o fazem de maneira mais discreta, mas que cuja música contem, mesmo assim, este apelo. E a sensualidade, na verdade, está em todos os lugares.

Ela está nos outdoors com os mais diferentes anúncios, sendo um dos últimos o que mostra a modelo Gisele Bundchen em lingerie. Está na televisão, indo dos anúncios às novelas. Está no cinema, com vários filmes sendo quase que explícitos em relação ao sexo e ao ato sexual. E está, também, nas nossas vidas, privada e pública. Na primeira, é o lugar onde falamos do assunto e o praticamos. No segundo, falamos dele, contamos vantagem ou, simplesmente, admiramos o que consideramos belo e desejável.

Voltando ao início, o sexo é coisa natural, muito natural. O que não é natural é a sua exploração, sobretudo a subliminar. E é isso, de um modo geral, que vem acontecendo com a indústria do entretenimento, com as campanhas publicitárias, com os apelos de venda. Básicos, cineastas, publicitários, produtores de TV, de show e de outras atrações voltadas para o entretenimento descobriram que sexo vende. E estão indo fundo neste filão.

Eles acham que estão mimetizando a sociedade, mas na verdade estão apenas ganhando dinheiro com o sexo, da mesma forma com que fazem os que vendem o corpo. De certa forma, todos eles se tornaram cafetões, lucrando com o sexo e promovendo a sua exploração com a transformação de homens e mulheres em simples objetos, onde o que interessa é o corpo, mostrá-lo e assumir atitudes sensuais. É o que faz a Rihanna e muitos outros.

E nós, no final, batemos palmas, pois já fomos totalmente envolvidos.

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