Inicialfesta
Reuniões de famílias sempre proporcionam belas histórias reais, de pessoas e acontecimentos que ligam um parente próximo ou distante e que nos diverte. É o que aconteceu comigo há alguns dias. Era aniversário da matriarca da família a que me tornei partícipe devido a um casamento e, na comemoração, filhos, genros, primos, netos e bisnetos em uma miscelânea de dar gosto. Minha sogra, que tem uma grande família, foi surpreendida pela visita de primas de Minas Gerais, que vieram ao Estado especialmente para as comemorações. E foi com elas que ri muito. Uma delas, especialmente, é muito boa para contar
Constatar que o Brasil é um país socialmente injusto requer, apenas, que se olhe para os lados – algumas vezes – ou para os morros na grande maioria das cidades brasileiras. O que vemos é a concentração em espaços menores pelos que são mais aquinhoados na vida e a imensidão ocupada pelos que nada tem ou tem muito pouco. A desigualdade é um problema antigo, exacerbado pelo capitalismo, o sistema econômico dominante no mundo. Para se ter uma ideia, dados divulgados pelo IBGE, coletados no PNAD, a pesquisa que visita casas em todo o Brasil, mostra que a diferença entre
Sou de uma geração em que o casamento começou a ser desmistificado. Na verdade, a partir do movimento hippie, o casamento como instituição foi contestado nas suas fundações, colocados de lado e, por algum tempo, abandonado. Pelo menos por uma parte da minha geração. O sonho de casar-se e fazê-lo com pompa, em uma igreja, não passou pela cabeça de muitos, que não se submeteram a uma regra que, para eles, estava morta. Houve, efetivamente, uma revolução nos costumes, mas como uma mudança gera a outra, as coisas evoluíram e, no final, o que temos é a volta ao desejo
Éramos jovens, cabeludos, usávamos roupas coloridas e tínhamos a esperança de, com novas ideias, pregando a paz e o amor, mudar o mundo. Este é, de forma bem rápida, o perfil da minha geração, jovens que viram o ajuntamento de Woodstock para celebrar muito mais do que a nova música que já havia tomado conta do mundo, o rock. Queríamos a liberdade que nossos pais não tiveram. Queríamos ser ouvidos, fazer com que as coisas fossem diferentes. E queríamos, também, liberdades pessoais, de poder contestar os mais velhos, colocando de lado o casamento e defendendo o amor livre, a liberdade
A praia é um espaço democrático e isso pode ser visto em um domingo de sol, quando a população de Vila Velha invade, no bom sentido, a Praia da Costa, um bairro considerado de classe média alta, e estabelece um colorido especial no calçadão. Nele, vemos todos os tipos de pessoas e a diversidade é que marca esta invasão, que proporciona diversão a quem dela participa e faz a alegria dos ambulantes que estão à disposição deles, oferecendo a oportunidade de consumo. É uma festa. E um belo exercÃcio de democracia, com quem tem mais e quem tem menos vivendo e convivendo lado a lado.
No Brasil costuma-se dizer que existem, tanto em nível federal, quando em estadual e municipal, leis que “pegam” e outras que – para usar uma expressão mais técnica – existem no mundo jurídico, mas não ganham validade social. Então e por isso, não pegam. E neste caso nem se fala em leis estranhas, com proposições que vão de encontro ao que quer a população. Por vivermos aqui e acompanharmos o que acontece no Brasil, achamos que temos, no final, o que poderíamos chamar de leis absurdas. Podemos tê-las, mas não somos os únicos – veja, sobre este assunto As leis
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