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Machado de Assis, Lima Barreto e Cruz e Souza, escritores negros conhecidos
Leituras

NEGROS, LIVROS E LEITURAS COSTUMEIRAS

Os negros são mais de 50 por cento da população brasileira, mas quando se trata de livros e literatura, estão sub representados. Esta é uma constatação trazida pelos números e mostrou que também nas minhas leituras eles são pouco representativos. O que me chamou a atenção para este fato foi o início da leitura de Kindred, de Octávia Butler, escritora de ficção científica dos Estados Unidos, pouco conhecida no Brasil. Leio bastante, hoje menos que antigamente, mas procurei relacionar os autores negros que li e achei poucos deles. Li Machado de Assis, Lima Barreto e Cruz e Souza, considerados clássicos.

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OUTRO LADO DA CIDADE LUZ

Mendigos e pedintes, moradores de ruas, carros estacionados em locais proibidos, trânsito confuso, muita buzina, pedido de assinatura de listas, camelos, correria. Olhando bem, parece que estamos em uma cidade brasileira, mas não é o caso. Tudo isso está em Paris. A Cidade Luz tem um outro lado de que ninguém – e muito menos os folhetos promocionais de turismo – falam, admitem ou divulgam. E, aparentemente – também como ocorre no Brasil – negros e muçulmanos tem trabalhos menos importantes do que os brancos: são atendentes em lanchonetes, fazem o serviço pesado e poucos são vistos em empregos de

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APARÊNCIA FORA DO PADRÃO

Desde René Descartes e o seu método cartesiano, nós, os humanos, vivemos sempre em busca de estabelecer padres, contendo a diversidade e tornando-a “entendível”. Dizem os que defendem os padres que eles facilitam as coisas. E é verdade, mas isso não abrange todos os campos da vivência humana e menos ainda a forma como as pessoas se mostram ou como agem. A própria humanidade, neste caso, contraria os padres, pois embora sejamos geneticamente praticamente idênticos, somos completamente díspares na aparência, indo do branco mais branco até o negro, mais negro. E em cada segmento, com diferenças, muitas diferenças. O mundo

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A DEMOCRACIA DE UM DIA DE DOMINGO

A praia é um espaço democrático e isso pode ser visto em um domingo de sol, quando a população de Vila Velha invade, no bom sentido, a Praia da Costa, um bairro considerado de classe média alta, e estabelece um colorido especial no calçadão. Nele, vemos todos os tipos de pessoas e a diversidade é que marca esta invasão, que proporciona diversão a quem dela participa e faz a alegria dos ambulantes que estão à disposição deles, oferecendo a oportunidade de consumo. É uma festa. E um belo exercício de democracia, com quem tem mais e quem tem menos vivendo e convivendo lado a lado.

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