Sem segurança, sem controle, tomando água na torneira, comendo açúcar, brincando na rua, machucando-se nas brincadeiras, andando a pé ou a cavalo, a infância de quem está na meia idade foi bem diferente da atual, acolchoada, superprotegida. Nós sobrevivemos, e bem. E podemos dizer, olhando em perspectiva, que nos divertimos e aprendemos com a experiência. A questão, olhada dos tempos atuais, é: como foi que sobrevivemos?
Você é casado? Tem filhos? Se a resposta for sim para as duas questões certamente já¡ enfrentou perguntas feitas pelo filho ou filhos em algum momento que o deixaram em dificuldade para responder.É natural. Embora os filhos achem que sabemos tudo, isso não é verdadeiro e, muitas vezes, não temos respostas prontas para algum tipo de questionamento. Só que questões não respondidas não estão relacionadas apenas aos filhos, às crianças. Elas nos são postas quase que diariamente e, na busca de um esclarecimento, usamos as ferramentas disponíveis, inclusive o quase onipresente Google. Às vezes, encontramos o que procuramos. Outras, não.
As crianças, hoje, são cercadas de cuidados e há uma preocupação generalizada com tudo o que se faz, se come e se bebe. Nestes últimos casos – de comida e de bebida – ela atinge também os adultos. Afinal, vivemos em um mundo onde, de um lado, milhões são obesos e outros milhões passam fome. Mas este não é o foco do post. Ele nasce de um email que recebi há alguns dias e que reflete, quase à perfeição, o que fiz e o que fui na infância, juventude e adolescência. E creio que também reflete o que muitos leitores
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