O QUE VEM DA INTERNET É CONFIÁVEL?

Até onde você acredita nas informações fornecidas pelo Google? Indiscutivelmente o numero 1 em buscas na internet, a gigantesca empresa transformou-se em sinônimo de informação e não há como procurar algo sem, antes e quase que obrigatoriamente, passar por ela. Isso chegou a tal ponto que se pode dizer que se não está no Google, não está no mundo.

Se isso acontece conosco, no dia a dia, o que aconteceria com os estudantes? É exatamente sobre esta questão que um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos se debruçou. E o que eles descobriram, se não é surpreendente, pelo menos é uma surpresa: ao fazerem suas buscas, os estudantes só clicam nos primeiros sites relacionados pelo buscador. A explicação é que acreditam que o destaque dado a estes sites na sua indexação significa que eles são confiáveis e que se pode confiar na informação que trazem.

O que os pesquisadores chamam a atenção é que a indexação do Google – ou de qualquer outro mecanismo de busca – não é feita levando em consideração a credibilidade do site. Um exemplo: o Pirate Bay. Quando se vai ao Google e se faz uma procura por torrentes ele sempre aparece entre os primeiros sites listados. E todos sabemos que é um site que distribui­ programas piratas, assumindo publicamente esta postura.

A pesquisa envolveu 102 estudantes da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Eles foram monitorados durante sua navegação pela rede, começando com as páginas iniciais de seus navegadores. A partir daí, os pesquisadores deram tarefas especificas, mas hipotéticas, para que os alunos encontrassem na internet a informação pedida. O que observaram – e gravaram em vídeo – foi os alunos navegando usualmente pelo Google e procurando nos sites que obtiveram melhor indexação.

Para certificarem-se de que a escolha não foi aleatória, mas determinada pela indexação, os estudantes foram perguntados sobre o site e o que ele representava. A resposta foi que não sabiam e que tinham ido até ele por aparecer nos primeiros lugares da busca. Os pesquisadores observaram, ainda, que na maioria dos casos o site escolhido não tinha muito a ver com o que fora pedido aos estudantes para pesquisarem.

Se o Google foi dominante, ele não é o único a que os estudantes recorrem. No caso de buscas, usam outros mecanismos e, na busca de informação, recorrem, por exemplo à Wikipédia. A questão posta, então, é o porque de os estudantes agirem dessa maneira. Para os pesquisadores, um dos fatores é o fato de terem crescido com presença da Internet, que acabou fazendo parte de suas vidas  E no caso do Google, devido à sua dominação, acreditam que a sua indexação dá credibilidade aos sites que relaciona. E isso, afirma a pesquisa, não é necessariamente verdade.

Transpondo o ambiente de pesquisas para a vida real, o Google, hoje, tem mesmo presença marcante nas nossas vidas. Ele é o primeiro instrumento de busca, ofuscando os demais. Será que isso quer dizer que está sempre certo? Quando eu o uso, confronto as informações para checar se estão ou não corretas e a ordem da indexação não me afeta, pois sempre procuro algo especifico.

E no seu caso, como é? Qual sua relação com o Google? É ele, também, o centro das informações que busca? Podemos crer no que ele nos traz? Segundo os pesquisadores, pelo menos em relação a esta última questão, antes de acreditaremos, deveríamos duvidar. (Via EurekaAlert)

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