MAGRO POR FORÇA DA LEI

Por força do alto consumo, do tipo de comida que nos é servida e, sobretudo, devido ao sedentarismo, nós, no Ocidente, estamos ficando cada dia mais gordos. E tanto é assim que, entre os especialistas no assunto, já se fala em epidemia. A obesidade é um mal que avança, fragiliza a saúde e torna as coisas muito mais complicadas em relação à saúde pública.

Há alguns anos, ficávamos gordos, mas depois de uma certa idade. Agora, não. Crianças são obesas. Uma das razões é o que podemos chamar de junk food, os famosos sandubas servidos pelas redes multinacionais e pelos locais que, além de gordura saturada, enche as crianças de calorias que elas não queimam, pois ficam em frente da televisão ou no computador.

Esta situação está levando a uma real preocupação com a perda de saúde, consequência da obesidade. E como parece que campanhas esclarecedoras não adiantam muito, pois os hábitos não mudam, é preciso, pelo menos no entendimento de alguns, tomar medidas radicais.

E foi isso que fez o Japão. A partir de agora, e por lei, homens e mulheres estão sujeitos a cinturas máximas. No caso dos homens, ela é de 85 centímetros. No das mulheres, de 89 centímetros. E elas serão medidas anualmente, em exames corriqueiros que os japoneses fazem. Neles, se constatado que a pessoa está acima das medidas regulamentadas, ela tem três meses para emagrecer.

Quando o tempo terminar, passa por uma nova avaliação e se não tiver emagrecido, tem mais três meses para tentar. No final, um novo exame. Se a cintura continuar acima das medidas recomendadas, o “paciente” – e aqui a palavra é bem apropriada – será submetido a uma reeducação alimentar, uma expressão que, sabemos, quer mesmo dizer dieta, com todas as letras.

Pelo que sei, legislação que obriga a emagrecer é a primeira. Portanto, o Japão é pioneiro. Mas não me surpreenderei se outros países também a adotarem. Aqui mesmo, no Brasil, temos hoje uma alta incidência de obesidade, inclusive em crianças e jovens. Diferentemente do que ocorre no Japão, no entanto, temos também gente passando fome.

Agora, aqui pra nós, será que uma lei dessas “pegaria” por aqui? Tenho certeza que no Japão ela vai pegar. Lá, eles levam estas coisas a sério. Aqui, viraria piada você não acha?

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