INSETOS, COMIDA E BOA SAÚDE

De quando em vez vemos na televisão reportagens sobre longínquos lugares do mundo com hábitos alimentares que, para nós, são muito estranhos. É o caso, por exemplo, dos insetos que são comidos na China. Ou, mesmo, de alguns animais que são considerados iguarias em outras partes do mundo e que nós, brasileiros e ocidentais, em princípio, não comeríamos, torcendo o nariz para a comida e, na certa, procurando, como substituto, uma cadeia de lanchonete conhecida e apreciando um belo (?) sanduíche.

No mundo da estranheza e da bizarrice, come-se de tudo. De ninho de andorinha, à barbatana de tubarão e, desta, ao testículo de boi – que, aliás, é muito apreciado em certas regiões do Brasil. Mas o que aconteceria se a ciência nos dissesse que este tipo de comida é recomendável e saudável? Pois é exatamente isso que faz o Departamento de Entomologia da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. Ela não só classifica uma série de insetos pelo seu valor nutricional, mas oferece algumas receitas “deliciosas” com alguns dos bichinhos.

Tome-se como exemplo o bicho da banana. Não conhece? Também eu não, mas a Universidade de Iowa nos propõe produzir um pão usando-o como ingrediente. Nele, temos dentre outras coisas nozes e, é claro, banana. O “must” da receita são exatamente os bichinhos da banana, mas nela só são usadas suas pernas, não ele inteiro. Que tal experimentar em sua casa? A propósito, se encontrasse a receita pronta você comeria do pão? Ou faria como um amigo que, sem saber, comeu escargot e gostou, sem saber o que estava comendo. Depois, quando soube, detestou.

E que tal um chocolate com cobertura de gafanhotos? A receita é, segundo a universidade, muito simples e muito saborosa. Quer comprovar? Ou, ainda, uma terceira opção feita com besouros que ficam sob a terra. O detalhe é que eles devem ser bem assados, ficando crocantes antes de serem adicionado à receita. Estas são, na verdade, só algumas das receitas que levam insetos. Se você procurar na internet verá que existem muitas outras e que, se nós não temos disposição para fazê-las ou prová-las, isso acontece em outras partes do mundo. Comer este tipo de bichinho é bem mais comum do que imaginamos.

A questão da comida é cultural. Imagine, por exemplo, oferecermos carne bovina a um indiano. Além de não fazer parte do cardápio, podemos ofendê-lo, já que a vaca, para os hinduístas, é sagrada. Em compensação, ele não tem nenhum problema em comer ratos, que consideramos nojentos e bem distante de nossa mesa. Se consideramos arroz e feijão indispensáveis, fora daqui, lá bem distante, comer um ou vários tipos de insetos pode fazer a diferença, pois a Universidade de Iowa garante o seu poder nutricional e com componentes que não encontramos, por exemplo, em um bom bife.

São estranhas? São, e muito. Mas lembre-se que tudo é cultura e, no final, este tipo de comida pode fazer bem à saúde. Com esta informação, fica a questão final: Você comeria?

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